Vice-prefeito – Erick Gomes: “Gosto de por a mão na massa”

LEGENDA: O candidato a vice-prefeito de Piracicaba, Erick Gomes, do Republicanos.CRÉDITO: Edson Lopes de Campos

A Tribuna entrevista o candidato a vice-prefeito Erick Gomes (Republicanos), que está na disputa ao lado de Alex Madureira, do PL, como prefeito

 

 

O entrevistado de hoje do jornal A Tribuna Piracicabana é o candidato a vice-prefeito de Piracicaba Erick Gomes, do Republicanos, que está na disputa para o Executivo Municipal ao lado de Alex Madureira (PL) como prefeito. A coligação ainda tem o apoio do PRTB e do PMB.

Erick Gomes tem 48 anos, nascido em São Paulo, casado com Beatriz há 18 anos e pai de dois filhos. Formado em administração de empresas pela Unimep, bacharel em Direito, MBA em Comércio Internacional (USP) com extensão na França e MBA em Auditoria, Controladoria e Finanças pela FGV. “Trabalhei por muito tempo em chão de fábrica, na Delphi Automotive. Com carteira assinada iniciei minha vida profissional em 99, na antiga Freios Varga. Eu trabalhava nos dois locais. Tenho um ditado que fala que existem pessoas que escolhem passar a vida, eu quero viver a vida e trabalhar nunca fez mal pra ninguém. Já entreguei carne em São Paulo, na Vila Merce, empacotava e entregava a carne. Eu não precisava, nunca passei fome. Paguei meu MBA, meu pai me ajudou com 50%. Meu pai sim veio de família muito simples, de Cidade Patriarca, Zona Leste de São Paulo. Ele sempre foi muito lutador, trabalhador, e eu aprendi isso com ele. Eu gosto de por a mão na massa”, afirma.

Erick sempre esteve envolvido com causas da cidade. Hoje é interventor no hospital Ilumina. “Sempre ajudei muito Piracicaba. Nunca fui candidato a nada, mas já ajudo a prefeitura há muitos anos. Até janeiro deste ano eu era do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Piracicaba, o qual já fui presidente por duas vezes, bem atuante nesta área”, aponta.

 

 

P — Como entrou para a política partidária?

R — Quando você se torna presidente do Simespi, você tem dois caminhos, ou você deixa a coisa acontecer e não se envolve ou vai par a guerra. Piracicaba está muito parada e eu acho que a cidade merece uma coisa melhor e conversando com o Alex, meu nome não era o primeiro para ser o vice dele, nem imaginava.

Eu sou uma pessoa nova, o Alex é uma pessoa nova, tem experiência política, a qual eu não tenho. Eu tenho experiência administrativa. Posso dizer que nem os prefeitos mais antigos tem tanta experiência administrativa quanto como eu tenho. Muitos têm a experiência de mandar, mas de liderar não. A gente tem visto o que tem acontecido com o funcionalismo público, eles tem tido muitos chefes, mas nunca líderes.

 

P — Como foi a construção da chapa?

R — Então quando surgiu meu nome o Alex num primeiro momento gostou muito e perguntou se eu estava disposto. Como eu o conheço, é um cara de princípios, um cara que tem uma visualização de Piracicaba muito importante, tem experiência, porque a roda não se cria, você tem que ver as boas experiências e trazer pra cá. Ele é um dos deputados com mais experiência, ele viu o que aconteceu com Jundiaí, com Sorocaba, São José do Rio Preto, cidades do porte de Piracicaba, então ele sabe o que tem que fazer. Sentamos com o governador numa conversa de meia hora, mas que se tornou uma hora e meia de conversa, tiramos fotos e falou que o apoio é todo nosso. Tem gente tirando fotos com ele, mas o apoio do Tarcísio é pro Alex. O Brasil precisa começar a mudar, precisamos acabar com essas castas políticas que aí estão e só usam o poder pra eles próprios. É óbvio que quando você senta na cadeira é preciso muito cuidado porque o poder sobe a cabeça e se não estiver preparado, complica. Usa-se de balela para ludibriar o povo, mesma tática desde mil novecentos e bolinha. Fico muito triste com isso, ver que não muda. Eu vejo no Alex uma nova liderança para nossa cidade, uma pessoa que ama isso aqui, que não está visando ele. Conheci-o, quando ele ganhou como deputado foi se apresentar ao Simespi. Na época eu era diretor jurídico. Fomos conversando e criando um relacionamento. Ele abriu muitas portas para o Simespi, nos levou a Cetesb, junto ao ex-governador, estive muitas vezes no Palácio dos Bandeirantes, era uma pessoa que abria portas, nos nunca tivemos isso. Foi assim que começamos nossa amizade.

 

 

P — Como pretende ajudar o prefeito, caso a chapa seja eleita?

R — Como você funciona uma indústria? Você tem que trazer a sua equipe junto. E o que a gente percebe hoje na prefeitura é que existe uma divisão entre o primeiro e o segundo escalão e o pessoal que realmente opera, que são os funcionários públicos, os professores, fiscais da Semuttran, de Obras. Não tem uma comunicação e isso eu sei fazer muito bem. Obviamente que dentro do poder público é muito diferente. No setor privado eu posso fazer tudo que a lei não me proíbe, já no setor público eu só posso fazer aquilo que a lei me permite. Meu trabalho é fazer com que a máquina da prefeitura volte a trabalhar, eles sabem fazer, só estão desmotivados, até porque aconteceu nos últimos anos, e não só nos últimos quatro anos. Foi uma postura de gestores que veio acontecendo. Na hora que sentam na cadeira parece que esquecem que você é funcionário do povo e não que o povo está ali pra te servir.

Nós temos que melhorar a saúde? Temos, como vamos fazer isso? Obvio que temos algumas ideias, mas também temos que escutar e já estamos escutando alguns funcionários. Temos que trabalhar juntos porque somos uma equipe e porque no final quem ganha é o povo. Temos que executar para o povo. Queremos melhorar a vida. Eu vejo que nós temos várias unidades de saúde  e pronto atendimento, mas estão funcionando? Santa Teresinha e Vila Sônia estão numa das áreas que mais cresceu nos últimos anos. Qual foi o investimento feito naquela área? Nem olham. Só lembram agora na eleição.

 

P — Caso a chapa seja eleita, em qual área pretende atuar?

R — Não há uma área específica. Eu vou ser um vice atuante. Nós somos um time. O capitão é o Alex. Quem assina é ele, mas nós vamos trabalhar juntos. Eu ponho a mão na massa. Eu sou assim. Eu gosto.  Conheço muita gente na prefeitura e tem muito funcionário bom. Pessoas competentes, mas que precisam resgatar o orgulho de trabalhar para prefeitura. Eu ajudei muito na parte empresarial. É o meu nicho. Trabalho há muito tempo com a indústria, a administração, plano de carreira. Nosso plano de governo foi feito por uma boa equipe e o que é mais importante, sempre escutando alguém da área que hoje está na prefeitura ou passou por lá. Porque  quem pode dizer o que fazer são os funcionários

 

P — Quais são consideradas as principais demandas de Piracicaba?

R — Se olhar bem hoje, a principal demanda é a zeladoria. Mas acredito que tem duas questões muito básicas que são a saúde. A zeladoria é uma obrigação, que é cuidar de buracos, infraestrutura. E a água, que está com problema há três, quatro eleições. O acordo do Mirante eu sofri na pele. Imagina uma pessoa que quer voltar aonde foi dado o filé mignon pro Mirante. Agora o cara vem falar em campanha que vai melhorar. Ficou 12 anos e não mexeu. Vai mexer agora? Sabe o que tem que fazer? Isso é um problema seríssimo que tem que ser resolvido. São mais de 15 mil quilômetros de tubulação de água. A zeladoria está no plano do Alex para o primeiro ano, resgatar o funcionalismo público. Começar a trabalhar com a questão, principalmente em alguns setores como a Guarda Municipal. Fazer o estatuto da Guarda e concomitantemente mexer na parte de saúde. A educação, que vemos em nossas pesquisas que não é muito complexa, mas tem que dar uma melhorada. Nós temos a maior fornecedora da Embraer em Piracicaba, a maior empresa de tratores, temos a Unimed mais forte aqui, maior universidade agro do mundo, a Esalq, temos a FOP, reconhecida internacionalmente, a Hyundai, a Dedini com seus 104 anos. Essa cidade é uma potência ou não. Tudo o que planta aqui prospera. Temos a Unimep, que foi uma questão de gestão e vejo que a Fumep vai para o mesmo caminho. Precisa entender o que está acontecendo. O que está faltando? Porque estamos parados no tempo? O piracicabano é fantástico, um povo trabalhador. Isso não podemos negar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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