Acervo – Nova Pinacoteca recebe doação de obra de Antonio Godoy

Obra foi doada à Nova Pinacoteca no último sábado

Quadro Bahiana, produzido pelo renomado artista em 1974, foi entregue pelo neto de Godoy, José Paulo Netto, em evento realizado no último sábado

 

A Nova Pinacoteca Municipal Miguel Dutra recebeu no último sábado (10) a doação do quadro Bahiana, produzido pelo artista piracicabano Antonio Godoy (1903-1975) em 1974. A entrega foi feita pessoalmente pelo neto do pintor, o empresário José Paulo Netto, durante evento no Armazém 14A do Engenho Central sobre a vida e obra de Godoy.

A obra agora faz parte do acervo da Nova Pinacoteca. Como explica a diretora do local, Renata Gava, o quadro passará por procedimentos de conservação para depois ser exibido ao público. “O acervo institucional enriquece ao agregar a obra Bahiana, do artista piracicabano Antonio Godoy, junto às obras de outros artistas consagrados”, comenta Renata.

Bahiana é um óleo sobre madeira (eucatex), que segundo o neto José Paulo Netto, foi uma técnica usada por Godoy nos últimos anos de vida. Ele era conhecido como o Pintor de Cabeças, que era sua especialidade. Retratava rostos com olhares que seguiam o espectador por todos os cantos do espaço em que era exposto.

“Todas as etnias estavam presentes, não havia distinções. Eram trabalhadores, pescadores, pensadores, marinheiros, negros, brancos, pardos, homens, mulheres, e de todas as culturas. O quadro para doação eu separei o retrato de uma Bahiana que junta um pouco de tudo isso, mostrando sua forte ligação com a cultura brasileira, com a religiosidade, com todos os povos, e com as mulheres”, conta Netto.

Além de Netto, também participaram da roda de conversa no sábado na Nova Pinacoteca o crítico, consultor, difusor de arte do Brasil, Paulo Klein, e Fábio San Juan, crítico, consultor e difusor de arte do Brasil.

Antonio Godoy Moreira (1903-1974) foi um pintor e restaurador brasileiro, natural de Piracicaba, reconhecido internacionalmente e com mais de 3.000 obras distribuídas por países ao redor do mundo, principalmente levadas por capitães de navios que aportavam no Porto de Santos, cidade onde morou entre as décadas de 1930 a 1970.

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