Rubens Antônio da Silva, mais conhecido como Caçulinha, faleceu ontem (5), no Hospital Santa Maggiore, onde ele se recuperava, há 10 dias, de um enfarte. Ele deixando um legado inestimável no cenário musical do país. Nascido em 15 de março de 1938 em Piracicaba, Caçulinha se destacou como multi-instrumentista e arranjador, tendo ficado nacionalmente conhecido por participar, por 26 anos, no Programa ‘Domingão do Faustão’, exibido pela Rede Globo.
O apelido “Caçulinha” é uma referência ao início de sua trajetória na música. Ele começou a carreira substituindo seu tio, conhecido como “Caçula”, em uma dupla sertaneja com seu pai, Mariano da Silva. A jovem idade e a habilidade precoce no acordeão garantiram o apelido que o acompanhou por toda a vida. Com o passar dos anos, Caçulinha diversificou seu repertório, passando a atuar em diversos estilos e se tornando um dos músicos mais requisitados do Brasil.
Sua carreira decolou nos anos 1950, e ele se consolidou como um dos principais instrumentistas do país, colaborando com grandes nomes da música brasileira e participando de programas de televisão e rádio. Contudo, foi sua participação no ‘Domingão do Faustão’ que lhe trouxe reconhecimento nacional e carinho do público. No programa, ele não apenas acompanhava musicalmente os quadros e apresentações, mas também participava de esquetes humorísticas e momentos de descontração, mostrando seu lado irreverente e divertido.
Caçulinha tocou com Elis Regina, Jair Rodrigues, Luiz Gonzaga, Roberto Carlos, Erasmo Carlos, João Gilberto, Simonal, Dominguinhos, Gonzaguinha, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gal Costa, Maria Bethânia e Milton Nascimento. Gravou mais de 30 discos ao longo da vida.
O sepultamento aconteceu na tarde de ontem (5), no Cemitério São Paulo, na região de Pinheiros, na Zona Oeste da capital paulista.