Depressão na Adolescência (VI) – Medicamentos

A medicina vê a depressão como uma doença. Mas à luz da psicanálise a depressão tem raízes mais profundas que investigadas e atingidas, o sujeito pode se libertar delas.

No entanto, a neurociência tem desenvolvido um papel que apesar de muito bom em alguns casos, causa profundos danos em outros. Na França chegou-se a cogitar colocar uma leve dose de antidepressivo na água que abastece a população, tal como se faz com o flúor. Toda população francesa estaria sendo tratada uniformemente. (!)

O que se percebe com clareza são os diferentes graus de depressão nos indivíduos. Logo a ação também deve ser diferente, sob o risco de excluirmos a singularidade de cada paciente.

Esse é um dos males da prescrição em massa. O outro, pior ainda, é que o medicamento retira do sujeito sua responsabilidade subjetiva. A psicanálise faz o trabalho contrário. Entendemos ser possível uma melhora no momento em que o sujeito se implica em sua queixa, sem se vitimizar, se colocar como alheio a ela. E isso é um dos maiores problemas no trabalho de análise, pois o sujeito se nega a admitir isso.

Muitos, nessa hora de dor e sofrimento a se enfrentar, optam pelo tratamento medicamentoso e tem sua irresponsabilidade avalizada por um médico que lhe prescreve sua “solução”. Uma solução que se removida tudo retorna como antes. A proposta da psicanálise é atacar a causa, não o sintoma.

O ar que respiramos se compõe de 79% de nitrogênio, 20% de oxigênio e 1% de outros elementos. O ozônio, único gás que absorve radiação ultra-violeta, está presente em duas partes por milhão.

Um amigo de infância virou “amizade colorida” e sempre saíamos juntos. No dia seguinte que saímos num final de semana ele me disse que tinha ficado com outra. Sem brigar falei que não queria mais ficar com ele, então disse que sentia por minha decisão. Ele jamais agiu assim! Estou perplexa, chateada, me sentindo usada e ferida com tudo, confusa e não sei como encarar a situação.

Cris, 19.

É muito comum situações de amizade intensa entre homem e mulher ser confundida com amor. Tanto é fato que você assume a relação como “amizade colorida”. O termo carrega ‘amizade’ nele. Não chegou a ser um “namoro preto e branco”, certo? Mas parece que isso estava claro a ele, e não a você. Ele sim estava curtindo ‘ficar’, e mesmo que queira se enganar, o envolvimento para você já tinha tomado outras proporções.

Em sua idade é mais fácil pensar que por ser amigo de infância o relacionamento tenha maiores chances de se consolidar. Também somos mais irresponsáveis com nossa vida afetiva, e apesar de tudo ser muito gostoso, as consequências chegam.

Mas você fala em perplexidade. Seria mesmo com o fato de ser incomum esse comportamento nele? Ou você não se deu conta do quanto alimentou mais expectativas do que ele? Ou por você ter sido deixada? Será que estaria perplexa se estivesse desejando se desvencilhar dele, por exemplo? Parece-me ser esse um início para suas reflexões.

 

 

 

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