Comentaristas- Bebel diz que saúde precisa ser tratada com política de Estado

Bebel com os Comentaristas da Rádio Educadora e com membros da sua equipe, após entrevista. Crédito: Divulgação

Na Rádio Educadora de Piracicaba, a Professora Bebel, pré-candidata a prefeita, falou sobre o tema; âncora Jairinho Matto,  líder do radio local

 

Para a deputada estadual Professora Bebel (PT), pré-candidata a prefeita de Piracicaba pela “Federação Brasil da Esperança”, a saúde pública da cidade precisa de um choque de gestão e ser tratada como política de estado. Foi o que afirmou em entrevista ao programa “Comentaristas”, da Rádio Educadora, nesta última segunda (22), quando foi entrevistada por cerca de uma hora e meia pelo seu âncora Jairinho Mattos, e por Valdir Guimarães, Luís Beltrame, Danilo Telles e Pedro Marcílio. Foram abordados diversos assuntos, deixando que o seu governo tratará a cidade com ações que envolvem políticas de estado, que vão muito além de um governo de quatro anos, e para isso pretende governar com uma equipe formada por pessoas competentes e técnicas nas mais diversas áreas.

A escolha do médico Dr. Perci Zilli Bertolini para ser seu vice é uma delas, como explicou, não só porque é médico, mas porque  também tem um olhar de gestão, uma vez que já coordenou os antigos prontos-socorros da cidade, atualmente UPA´s e, portanto, tem larga experiência que em muito contribuirá na sua gestão também para a área da saúde, já que atuou por mais de 36 anos nos serviço público. “Ele carrega consigo também esta qualidade de gestor. Quando a gente trata da saúde em Piracicaba, é gritante a atual situação. É a ausência, o abandono mesmo que está aí e que gera reclamação por parte da população. Nas andanças que tenho feito pela cidade, as pessoas falam o seguinte: olha, para eu conseguir uma consulta leva meses para eu conseguir o exame leva meses, às vezes exames que até  detectam câncer, que pode ser detectado antes, mas que se você leva meses impede de o tratamento ser iniciado logo que detectada a doença”, lamenta.

Portanto, Bebel diz que a área da saúde precisará de um choque de gestão, com treinamento constante dos seus profissionais e maior valorização dos servidores, assim como a contratação de mais médicos e a ampliação da parceria com o governo federal para garantir um maior número de profissionais, através do Programa Mais Médicos, que atuarão no atendimento primário, contribuindo para evitar que a população se adoeça. “Investir no atendimento preventivo é muito mais barato e eficiente”, acrescenta.

Sobre as UPA`s, que foram terceirizadas na cidade, Bebel diz que não pretende romper contratos para que o município volte a administra-la de imediato, mas que isso se dará num processo gradativo. “Você vai fortalecendo o Estado dentro das UPA´s, você vai colocando o papel do serviço público nas UPA´s. Essa é uma questão. Os serviços públicos têm que ficar na esfera do município como política de estado, enfim, uma política para sempre, que tem que tem que acontecer independente do governo, independente de quem seja o prefeito. Não é uma política de partido político. Não pode ser porque envolve vidas. Você lida com vidas. Como é a educação, como é a questão referente a segurança pública. Então, são políticas que o município tem que garantir. Portanto, a Prefeitura, o gestor municipal, o prefeito ou a prefeita tem que garantir o bom serviço para a população que paga os seus impostos”, destacou.

Esta política de estado, de acordo com Bebel, é necessária porque “quem vota no prefeito, está dizendo, sim, estou votando em alguém que vai garantir para mim os serviços públicos, seja de saúde, de educação…. A habitação também tem que ter um projeto bastante vigoroso, porque eu ando pelas comunidades e tenho sentido essa necessidade. Quando você terceiriza, você perde a visão daquele processo, porque a terceirizada passa a ter preponderância e nem sempre dá certo. Por exemplo, escolas que terceirizaram a merenda no mês de dezembro tiveram problemas, porque muitas vezes a empresa não paga os funcionários e declara falência. Se manda e a conta volta para o Estado, enfim a população neste caso acaba pagando duas vezes. É necessário investir no serviço público e pagar direito. Eu acho que é isso, senão você joga recursos públicos no lixo. A política de Estado ela vai além de quatro anos”, completa.

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