Escolas Cívico-Militares e o GEVA

Silvia H. Bastelli Gagliardo

Fui aluna do GEVA de Americana, escola pública de metodologia vocacional inovadora, que foi aniquilada e invadida por tanques de guerra e finalmente fechada por ser taxada de “comunista”. Por ser da primeira turma, período integral, um carroceiro levava as marmitas de nossas casas até a escola. Andávamos 10, 20, 25 quarteirões para chegar e somos gratos aos nossos pais que confiaram na metodologia querendo o melhor para seus filhos. No final do ano muitos alunos choravam porque não queriam se afastar do ambiente escolar, pelas férias.

Muito se fala agora que o Governo de São Paulo instituiu o Programa Escola Cívico-Militar, opção adicional ao modelo existente para um ambiente de mais segurança e, portanto, mais tranquilidade aos pais, e onde possa ser desenvolvido o civismo e a disciplina como vetor da melhoria da qualidade de ensino. A adesão é voluntária.

Em momento algum devemos politizar a Educação porque educar uma criança é diferente de induzir viés ideológico.

Não conseguimos entender por que tanta preocupação se já temos aqui escolas cristãs e técnicas profissionalizantes de diversos segmentos, e principalmente escolas da rede pública onde cada professor prega suas ideias com total liberdade de expressão.

Escrevo este texto como professora aposentada, e me sinto ofendida quando ouço ataques às nossas escolas que recebem toda a diversidade de classes sociais. Uma vez adverti o professor de Geografia de meu filho, numa escola particular, pois ele pregava o ateísmo. O professor me ouviu e acatou.

Era 1962, estávamos no século XXI e não sabíamos. Americana bem acolheu e muito ganhou enquanto pode contar com o GEVA. E, neste  momento, por que não acatarmos a experiência da Escola Cívico-Militar? Quem ama a sua cidade e luta por ela ama consequentemente o País. Viva Americana, onde o trabalho pulsa, afastando a indolência.

 

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Silvia H. Bastelli Gagliardo, Professora de Inglês, aposentada

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