É muito triste lidar com a dor advinda do pouco caso com o meio ambiente de nossa querida Piracicaba. Pouco caso oriundo de atividades empresariais sem preocupação com os impactos provenientes de seus atos irresponsáveis. Prova disso vemos com a devastadora mortandade de peixes que apareceram em nosso rio sem contar com os impactos ao bioma local. Ademais, nota-se poucos segmentos da sociedade com efetiva indignação, talvez por falta do entendimento do alcance do que vem acontecendo.
Precisamos, como sociedade, direcionar nosso olhar para pauta ambiental, ampliando nossa forma de pensar e agir tanto individual como coletivamente, no sentido de encontrar novos caminhos e modelos de produção e bens.
Penso que se faz necessária a construção de valores nos quais a educação tenha um importante papel a desempenhar e para isso, o ambiente escolar é um espaço para o educando se apropriar de conceitos relacionados a temática ambiental para futuramente aplicar seus conhecimentos no seu cotidiano em prol de uma sociedade sustentável. Isso pode ser alcançado com Educação Ambiental nas escolas desde a tenra idade, de forma a tornar a criança, o adolescente protagonista na construção de movimentos de mobilização e expressão, levando um sentido crítico para descoberta de novos valores e atitudes, impactando na construção de padrões éticos inovadores que serão vividos de forma individual e coletiva.
Amo teus prados, teus horizontes, os céus e os montes que vejo aqui e para que se concretize, luto por uma vida digna de toda paisagem que constitui a canção que não será manchada por irresponsabilidades a procura de lucro.
Vamos salvar Piracicaba.
Vale ressaltar que a Educação Ambiental está garantida pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, pois o artigo 225 diz que cabe ao Poder Público promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente (Brasil, 1988).
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Wil Martins, Professor, Cientista Social, Defensor do Meio Ambiente