Depressão na Adolescência (III) – Sintomas

 

 

Os sintomas da depressão são os mesmos em adolescentes e adultos, podendo ser mascarados por contingências da vida aparentemente sem relação com o problema, o que dificulta o diagnóstico médico.

A medicina trata a depressão como doença, porém a psicanálise a vê como um sintoma, e a remete a uma covardia moral promovida pelo inconsciente, tocando em nossa honra tão abalada, explicando tanta depressão atualmente. Quando a honra e dignidade se relativizam seu valor absoluto se perde e deixam de nortear nossas ações.

O indivíduo prefere a homogeneização dos antidepressivos que retiram dele toda responsabilidade a arcar com seu ônus. Todos querem ser o ‘dono do próprio nariz’, mas tudo tem um preço que sempre procuramos transferir. Isso não representa que o diagnóstico médico esteja sem valor. Seria muita prepotência.

Uma retração da libido ocorre no sujeito deprimido, o narcisismo cresce e o desinteresse ocupa todos os espaços. Isso não ocorre na tristeza, melancolia ou qualquer outro sentimento. A libido circula, embora cause mal estar.

Sintomas mais comuns:

  • Falta de apetite;
  • Insônia ou sonolência o tempo todo;
  • Dores crônicas (cabeça);
  • Distúrbios gastrintestinais;
  • Falta de entusiasmo / motivação;
  • Busca de isolamento social;
  • Dificuldades em tomadas de decisão;
  • Irritabilidade;
  • Autoestima baixa ou culpa;
  • Ansiedade e medos;

 

 

“Não devemos nos entusiasmar diante das vitórias sobre a Natureza. Depois e cada uma dessas vitórias, a Natureza vinga-se”. (Friederich Engels)

 

Um rapaz de 29 anos, portador de fobia social, em tratamento com depaxam 20mg, concursado e aprovado para a função de técnico de arquivo em um banco pode ser considerado inapto em saúde “mental” e “contra indicada sua admissão para exercer atividades laborativas no momento”?

Cláudia.

 

Por trás de sua questão está uma clara indignação perante o laudo emitido. Você me pede para validá-lo, coisa que não me cabe. Nem o validar nem o refutar. A referência ao medicamento diz de um diagnóstico médico, e não podemos entrar em seara alheia. Ainda mais sem acesso direto ao caso.

Mas há outras questões. Um empregador busca maximizar seu lucro, e os entendimentos para essa direção, ao divergirem dos seus, geram essa revolta, mesmo que sua razão os compreenda como clínicos. Da mesma forma, uma decisão clínica pode ser entendida como mercadológica.

Os sentimentos despertados são compreensíveis, mas a decisão de quem está no comando é sempre racional e de acordo com critérios que sejam entendidos por eles como mais favoráveis.

No entanto, se de alguma forma você entendeu que houve preconceito ou algo parecido, já se trata de uma questão de Direito e não de Psicologia. Fora isso qualquer coisa que eu diga seguirá a mesma lógica.

 

 

 

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