Cultura – “Raízes Nagô nos Bairros” leva tranças e turbantes para o povo

Ação compõe Encontro de Trancistas e Turbancistas de Piracicaba e Região. Foto: Divulgação

O projeto foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo, com realização do Ministério da Cultura, Governo Federal e ETC Produtora, com apoio da Prefeitura

 

 

Evento originado no Festival Afropira, que é considerado o maior encontro Afro do interior paulista, o Raízes Nagô — Encontro de Trancistas e Turbancistas de Piracicaba e Região — chega em 2024 a sua terceira edição com a “Raízes Nagô nos Bairros”, ação voltada aos interessados em aprender e aprimorar suas técnicas de trança e amarrações de turbantes, realizada em bairros periféricos e populares de Piracicaba. No dia 30, o bairro Mario Dedini recebe a ação.

O projeto foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo, com realização do Ministério da Cultura, Governo Federal e ETC Produtora. O apoio é da Prefeitura de Piracicaba, Secretaria Municipal da Ação Cultural (Semac), Centro de Documentação, Cultura e Política Negra (CDCPN) e Coordenadoria Setorial de Promoção da Igualdade Racial e Étnica (CPIR).

A ação de domingo, 30, do “Raízes Nagô nos Bairros” acontece das 14h às 17h, do “Raízes Nagô nos Bairros”, acontece no Centro Cultural Zazá, com a trancista Daiane Heloísa.

O “Raízes Nagô nos Bairros” já passou, no dia 9 pelo Centro Social Hilda de Souza, no Novo Horizonte, com a trancista Mirian Aguiar, com a organização de Mayra Kamargo do Barranco Cultural; no dia 16 pelo Nova América, com a trancista Bruna Gonçalves, com organização do Instituto Afropira; e no dia 23 esteve no Jardim Oriente, com a trancista Isabelly Vitória, em parceria com a Associação dos Moradores do Bairro e Instituto Afropira.

“O Raízes Nagô nos Bairros busca realizar mapeamento, descoberta de novos talentos e recebe pessoas que buscam uma nova profissão ou aprimorar seus conhecimentos em técnicas de trança e amarrações de turbantes, com a capacidade de atender de 20 a 30 pessoas”, explica Isabel Farias, coordenadora da iniciativa e uma das diretoras do Afropira.

Doação a mulheres – Ao longo dos dias de “Raízes Nagô nos Bairros”, serão produzidas faixas com tranças que serão doadas a mulheres que estão passando por quimioterapia, transição capilar ou alopecia. Em cada bairro, participantes e trancistas são convidados a atuarem em conjunto na produção, assim como é aberto o envio por interessadas (os).

Ao final das ações, os materiais serão entregues para pessoas e também para instituições, por meio de parceria com a ONG Fios do Bem. Após a primeira entrega, os participantes serão convidados a continuarem as produções, voltadas a novas entregas em outubro, junto à campanha Outubro Rosa.

Encontro – Nos dias 6 e 7 de julho, no Armazém 14 do Engenho Central, acontece o encerramento das ações, com o 3º Raízes Nagô – Encontro de Trancistas e Turbancistas de Piracicaba e Região.

No dia 6, haverá a Sessão Solene em parceria com o Mandato Coletivo “A Cidade é Sua”. O projeto de lei 137/2024, que institui o “Dia da Pessoa Trancista” em Piracicaba, foi aprovado em segunda discussão durante a 37ª Reunião Ordinária da Câmara de Vereadores. O texto já havia passado pelo Plenário da Câmara, na 36ª Reunião Ordinária. A data será comemorada anualmente em 6 de julho.

No dia 7, haverá capacitações no período da manhã. No período da tarde, as ações serão abertas ao público. Às 14h, haverá roda de conversa com as trancistas que participam da organização do Raízes Nagô.

Às 15h30 estão previstas apresentações artísticas, com Bloco Afropira, Capoeira Geacap com Mestre Marquinho, Intervenção Poética com o poeta Julio Rocha e Grupo de Samba com Elaine Teotonio e convidados. Também haverá atendimento ao público, com Trancistas do Descabelados de São Paulo e convidados, turbancistas e barbeiro (corte artístico). A finalização terá desfile de tranças, organizado por Miriam Aguiar e Sheila Ribeiro da Conceito Model.

Também na parte da tarde, o evento terá expositores (artesãos, modistas, culinaristas e afroempreendedores em geral) do programa Potência Afro, também do Instituto Afropira, que conta hoje com cerca de 20 expositores, num programa coordenado por Erica Lima, artesã e diretora do Afropira.

 

 

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