Ademir Martins
Aqui nas Américas do Norte, Central e Sul o carrapato estrela (Amblyomma cajennense) é muito estudado nas áreas da veterinária e da Saúde Pública, devido a prejuízos a criadores de animais e da transmissão de doenças aos seres humanos (Febre Maculosa).
O carrapato estrela mais conhecido aqui no Brasil é o da espécie Amblyomma cajannense e Amblyomma sculptum, conhecido no meio popular como carrapato-estrela, carrapato-do-cavalo, rodoleiro, micuim e carrapato vermelhinho.
O da espécie Amblyomma cajannense é encontrado somente na região do Amazonas aqui na América do Sul e nos países da Venezuela e Guiana. Porém essa espécie não se encontra nos Estados do Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, já o da espécie Amblyomma sculptum é encontrado em todos os Estados Brasileiros e está sendo estudado nas áreas da veterinária brasileira e Saúde Pública, devido a sua transmissão da doença da Febre Maculosa Brasileira como já foi comentado acima.
Através da picada do carrapato estrela Amblyomma sculptum é transmitida a bactéria R. rickettsii aos seres humanos causando a doença Febre Maculosa Brasileira, sendo esse carrapato muito agressivo aos seres humanos.
Os principais hospedeiros são os equinos, capivaras e as antas em todos os estágios parasitários da espécie Amblyomma cajannense e Amblyomma sculptum (larva, ninfa ou adulta), bem como outros animais também podem serem hospedeiros dessa espécie, inclusive nós seres humanos.
Todo cuidado é essencial pois nos meses mais quentes e úmidos (outubro a março) a maior ocorrência de acidentes é com o carrapato estrela adulto, já nos períodos secos (abril a setembro) os acidentes são com as larvas, predominante de abril a julho e as ninfas do carrapato estrela é de junho a outubro.
Por isso a recomendação é evitar locais (matas, lagoas, lagos, rios, riachos, etc) onde animais silvestres como as capivaras, antas e outros animais que possam estar com suspeita de contaminação estejam circulando e pastando, bem como pastos onde possam estar equinos contaminados.
Portanto, qualquer sintoma de febre alta acompanhada de dor de cabeça, dor no corpo, falta de apetite, desânimo, manchas avermelhadas que crescem e tornam-se salientes, procurar uma Unidade de Saúde, Santa Casa e Hospitais com a maior urgência.
Febre Maculosa Brasileira mata seres humanos e animais.
Em caso de dúvidas ligar para 192 – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) ou 193 Resgate do Corpo de Bombeiros para o socorro até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Santa Casa ou Hospital. (Fonte: Comunicado Técnico 132/2015 – Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuária (Embrapa).
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Ademir Martins, bacharel em Serviço Social (IMI) e licenciado em Ciencias Naturais (USP/Esalq)