O lançamento da casa decorada do Residencial Monte Verde, no sábado, 25, levou centenas de pessoas ao local de construção do imóvel, nas proximidades da Feira do Produtor. Muitas delas – 701 para ser mais exata – aproveitaram para agendar um horário de atendimento em busca da aprovação do financiamento, pelo Programa Minha Casa Minha Vida, que garante a aquisição de um das mais de 1.000 casas que serão construídas em região localizada nas proximidades dos bairros São Pedro e São Francisco.
Na segunda-feira, quando os atendimentos agendados começaram de fato, outras 619 fizeram o agendamento, que continua aberto no escritório da Ecovita, instalado ao lado da casa modelo, ou seja, em dois dias, 1.320 pessoas fizeram o agendamento. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira das 9h às 18h e aos sábados das 9h às 13h.
O Residencial Monte Verde é o maior programa habitacional voltado à moradia popular de São Pedro e foi viabilizado graças à ação da Prefeitura, que trabalhou em várias frentes para garantir a classificação da área como de interesse social o que, na prática, diminui custos e permite a oferta do imóvel com financiamento de até 35 anos.
“Tudo que a Prefeitura faz é pensando na comunidade. Nesta ação pensamos nas pessoas que precisam e sonham com a casa própria. Planejamos os incentivos para que estes imóveis caibam no orçamento”, disse o prefeito Thiago Silva, que destacou também que as pessoas vão receber um bairro completo, com água, esgoto, iluminação e pavimentação.
Elaine Simões, diretora da Ecovita, destacou a maneira como a empresa, responsável pela construção das casas, foi recebida na cidade. “São Pedro é uma cidade acolhedora, o prefeito sempre esteve com a gente e é uma alegria imensa dar início a mais este projeto”, disse no evento de inauguração da casa modelo, que teve a presença também do padre Mauro Bombo, que fez a bênção, do vice-prefeito Giuliano Antonelli e dos vereadores Adriano Vitor, Luciano Mazzonetto e Índio.
A Ecovita também foi responsável pela construção de 800 casas nos bairros São Francisco e São Pedro. Contabilizadas as do Residencial Monte Verde, serão 1.800 casas construídas no município.
DOCUMENTOS – As pessoas interessadas em adquirir as casas devem procurar o escritório da Ecovita para agendar o horário de atendimento de segunda a sexta-feira das 9h às 18h e aos sábados das 9h às 13h.
Aqueles que já fizeram o agendamento devem ir ao local no horário agendado com RG, CPF ou CNH, comprovante de endereço, comprovante de renda, certidão de estado civil (nascimento para os solteiros, casamento para os casados), carteira de trabalho atualizada, extrato de FGTS, declaração de imposto de renda e documento de dependentes menores de 18 anos (RG, CPF ou certidão de nascimento).
Para análise de financiamento para pessoas casadas, é preciso apresentar documentos individuais do casal. Outra dica é que os financiamentos não são aprovados para pessoas com restrição no nome, por isso, caso haja alguma pendência, a orientação é renegociar com os credores.
Maior programa de moradia popular constrói sonhos em São Pedro
Mais do que pessoas, a fila para o pré-cadastro do maior programa de moradia popular de São Pedro, no último sábado, era formada por muitas histórias e sonhos.
Sonhos como o da mãe solo Débora Machado, há cinco anos moradora do Residencial São Francisco, que não segurou as lágrimas após realizar o agendamento para a inscrição do financiamento. “É sonho. E sonho emociona”, resumiu.
A costureira e auxiliar de cozinha Jucilene Lacerda, de 55 anos, compartilha desse mesmo sonho. São-pedrense, já passou por oito municípios diferentes e atualmente vive com a família em sua cidade natal, no bairro Recanto das Águas, há 40 anos. “Atualmente estou na minha terceira casa no Recanto das Águas, onde moro com meu marido e meus cinco filhos. Casa própria, para mim, seria a realização de um sonho, um objetivo de vida”, disse ela, que tem 13 irmãos, a maioria em outras cidades, vivendo de aluguel. “Da família, talvez eu seja a mais próxima de realizar esse sonho. E aqui na minha cidade, São Pedro”.
Sua história é um pouco parecida com a de Luciana Leme do Amaral, de 38 anos. Casada, moradora do bairro Santa Cruz, já morou com o marido e as duas filhas em sete casas, todas alugadas. Na fila de agendamento para o cadastro do programa habitacional, ela não disfarçou o otimismo com a aprovação de seu nome para o financiamento. “Estou feliz pois tenho esperança e fé em Deus que finalmente realizarei o sonho da casa própria”.
Sonho, aliás, foi a palavra mais citada pelos entrevistados. Coletor de lixo e casado há 3 anos e quatro meses, o jovem são-pedrense, José Roberto Bueno Junior, de 25 anos, diz ter três sonhos.
“Todo homem tem três sonhos: casar, ter sua própria casa e ser pai”, opinou ele, que agora busca a concretização de seu segundo propósito de vida.
Também casado há três anos, Erik Caian Pinheiro Bispo, de 24 anos, trabalha no Museu Gustavo Teixeira e se divide, no outro turno do dia, como agente cuidador. Ele mora com a mulher na casa da sogra, no bairro Dorothea, e está em busca, também, de mais autonomia. “Ter seu próprio teto é não depender e nem ficar na mão de ninguém, é poder mexer, reformar, fazer o que quiser na casa, pois ela é sua. Além disso, aluguel, para mim, é aquele dinheiro que vai e nunca mais volta”.
Já a jovem Adriele Navarro Terci, de 21 anos, vive com a mãe, no Jardim Navarro, e tem cinco irmãos. Mãe solo, ela ganhou, recentemente, mais um motivo para ter seu próprio lar: o Miguel, de 1 ano e 2 meses. “A casa própria traz um sentimento de sucesso, de vitória e realização. E, além disso, penso muito no futuro do meu filho”, emocionou-se, e confessou estar no evento do lançamento do programa habitacional graças à insistência da mãe. “Estava meio pessimista para vir aqui, mas aí minha mãe disse uma frase que me convenceu: ‘vai lá e tenta, pois o não você já tem’. E aqui estou eu com o meu filho”, disse, sorrindo.