Pré-candidato a prefeito de Piracicaba, vereador Paulo Campos divulgou esta semana o nome do vice: Osvaldo Airton Schiavolin, o Tozão: evangélico e católico, “unidos em Jesus Cristo”
Com chapa pura no Podemos — legenda presidida em nível nacional pela deputada federal Renata Abreu, de São Paulo —, o vereador Paulo Roberto Campos (44) anunciou, esta semana, o nome do seu pré-candidato a vice: o microempresário Osvaldo Airton Schiavolin (61), o conhecido Tozão. “Somos irmãos em Jesus Cristo, ele católico e eu evangélico, e queremos nos apresentar à cidade de Piracicaba como opção válida e segura de que não temos processo, somos fichas limpas”, disse o vereador Paulo Campos em seu escritório político, na rua São José, entre a Rosário e a Tiradentes, prédio alugado para centralizar as ações políticas e eleitorais do pré-candidato a prefeito de Piracicaba. “Para nós, o bom político tem que ter vocação e gostar de gente”, sintetiza.
Campos comenta que há dificuldades financeiras para enfrentar o ritmo de campanha política, o que não é fácil, recebendo apoio de um grupo de cidadãos abnegados e da sua legenda partidária, o Podemos. “Mas, com fé, iremos vencer, vamos ganhar estas eleições”, comenta, ao lado do seu pré-candidato a vice-prefeito Tozão, assim conhecido, com experiência na área de construção civil, e que tem planos, se eleito, contribuir com a regularização de loteamentos e garantir os novos de acordo com a legislação.
“Quero ser vice atuante na administração e isso temos nos entendido, eu e o Paulo, porque não pode ser um cargo apenas decorativo. Vou trabalhar com afinco num projeto de construção de casas populares de 70 metros quadrados,com dois quartos, sala, cozinha e dois banheiros, em terrenos em torno de 125 metros quadrados, para que não seja uma habitação mais de humilhação do que de moradia”, explica Tozão, que fez o ensino técnico na área de mecânica e sempre se dedicou aos serviços de olaria. Para ele, construção de prédios com quatro andares sem elevador, “é um atraso total”.
PLANOS — Paulo Campos detalha os principais pontos em que atuará, se eleito prefeito de Piracicaba. “Tenho uma ação de primeiro dia de governo que é apresentar ao Poder Legislativo o Plano de Carreira dos Servidores Públicos Municipais de Piracicaba, a exemplo do que já fizeram outras cidades, como Sorocaba, que elaborou uma lei a contento e que deu suporte aos que trabalham na área”, afirma Campos, lamentando que isso nunca foi feito e é desejado pelos quase sete mil funcionários da ativa no Município.
Também como decisão imediata, Campos cita as OSS — Organizações Sociais de Saúde — na Vila Cristina e na Vila Sônia, assim como a regularização dos loteamentos. “São ações imediatas, que a população exige e que não podem continuar como dúvidas na comunidade piracicabana”, pois “teremos uma equipe que vai atuar nos problemas básicos de educação, saúde, habitação, segurança pública e jurídica, outras demandas que forem apresentadas pela comunidade piracicabana”.
SEMAE — Para o Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae), o pré-candidato Paulo Campos promete investimentos na autarquia “para resolvermos o problema do seu sucateamento, e cito a Providência de Deus em termos um prefeito como foi João Herrmann Neto que, em 1977, passou a captação do Corumbataí na chamada Estação do Capim Fino”.
Ao destacar a visão política de Herrmann Neto, Campos lembra que seu pai, Francisco Aparecido de Campos, era “um especial amante da política e desenvolveu ações partidárias ao lado de João Herrmann Neto, ex-prefeito e ex-deputado federal por várias legislaturas, e de Orestes Quércia, destacado prefeito de Campinas, vereador, deputado estadual, senador da República e governador do Estado de São Paulo”, referindo-se às décadas de 1970 e 1980.
Outro tema especial em relação ao Semae é destacado por Campos e está nas perdas de água tratada. “Já passamos de cinquenta por cento e essa informação é técnica; por isso, iremos atuar na autarquia com presidente escolhido entre os próprios servidores, com experiência, que conhece todos os caminhos da água e do esgoto da rede”, explica o pré-candidato a prefeito, para acrescentar que, quanto à PPP (Parceria Público Privada) da Mirante, é assunto para ser analisado e, se houver possibilidade de rescindir o contrato, vamos fazer isso sem qualquer preconceito”. Para Campos, “o Semae é nosso”.
CAMPESTRE — Campos conta que, diariamente, recebe reclamações de usuários da Avenida Laranjal Paulista, no bairro Campestre, especialmente no ponto de cruzamento com a Rodovia Cornélio Pires e os horários de picos são problemas há vários anos. “Vou traçar um plano imediato para construção de um viaduto ali, não pode continuar assim, é questão de tráfego e especialmente de segurança dos usuários”, assegura.
KOBAYAT LÍBANO — Ele cita a Estação Elevatória de Água no Kobayat Libano, com quatro milhões de litros e que atende a mais de 30 bairros na Região, para garantir que terá estudos para que a mesma ação seja desenvolvida no Distrito de Santa Teresinha, que poderá ter a captação direta do Rio Corumbataí com uma Estação de Tratamento Água (ETA). “É ouvindo funcionários antigos da autarquia que encontramos a solução da falta d’água no Município, pois os servidores conhecem todo sistema que envolve a autarquia que, no passado, foi o “primo rico” da Prefeitura”, explica.
TOZÃO — Schiavolin é conhecido como Tozão e traz, na lembrança dos tempos de vereador, que “tudo depende do Executivo, sempre à mercê de quem está com a caneta na mão, por mais que se esforce em projetos, em dar ideias, a vontade do vereador dificilmente é atendida”. Para ele, tem que mudar a forma de atendimento aos pedidos que vêm da Câmara Municipal e, por isso — diz Tozão —, “quero ser um vice atuante com o Paulo Campos, que poderá contar com meu trabalho, minha dedicação”, citando que se sente feliz em ter e continuará apoiando projetos como o da UBS (Unidade Básica de Saúde), que deu certo, e é referencia para a prevenção da saúde do povo. Depois que o munícipe é atendido na UBS, ele vai ao Centro de Saúde (chamado Postão, atrás do Mercado Municipal), com ampla triagem para tratamento.
CAMINHO — Tozão faz uma análise, a exemplo do companheiro de chapa Paulo Campos, a partir da fé: “Deus nos colocou no mesmo caminho, não somos donos da razão, temos que ser obedientes, e Jesus Cristo é o nosso guia”, afirma, acrescentando que “tratar o próximo como a si mesmo é amar a Jesus Cristo sobre todas as coisas”. Para ele, o próximo não pode ser visto “como contraventor, ele é nosso irmão em Cristo”.
DE TODOS — Paulo Campos assegura que, se eleitos, ele e Tozão “serão prefeito e vice-prefeitos de todos, sem exceção, no mais alto significado do amor de Cristo, como irmãos na fé, respeitando as outras religiões, as de raízes africanas, os ateus, os agnósticos, enfim, todos são cidadãos piracicabanos, serão tratados de acordo com a Constituição Federal — “todos são iguais perante a lei” — e jamais nos desviaremos da fé e da ética cristãs”. “A Deus, pedimos a sabedoria, o mesmo pedido de Salomão, destacado e justo rei”, finaliza.
Paulo Campos, evangélico, três mandatos como vereador
Casado com Daniela Maria da Silva de Campos, Paulo Roberto de Campos — advogado de profissão, nascido em Piracicaba — é pai de Francisco Aparecido de Campos Neto. Seu pai, Francisco Aparecido de Campos, faleceu faz anos e era casado com Maria José Camargo de Campos, sua mãe, que “está firme e forte, sempre em oração”. É vereador com três mandatos consecutivos desde 2012 e suplente de deputado federal pelo Podemos, recebendo em torno de 25 mil votos em 2022, a maioria em Piracicaba. É autor da Lei da Ficha Limpa Municipal e alegra-se em dizer que “Tozão era vereador e votou a favor desse diploma legal”, e sempre assinou favorável aos pedidos de abertura de CPIs do Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto). Num resumo do seu trabalho na Câmara Municipal, Campos cita que votou favorável à lei que desapropriou o terreno do Hospital Regional (HR), unidade fundamental para os cuidados da Saúde Pública na Região Metropolitana de Piracicaba (RMP).
MINISTÉRIO — Paulo Campos é presbítero da Assembleia de Deus, Ministério do Belém, e congrega na sede em Piracicaba, rua Dr. João Conceição, 1366, na Paulista, cujo pastor é Irineu Lima Pereira, também advogado na Comarca. “Pela misericórdia de Deus, sou presbítero, e atuo como auxiliar do pastor Irineu, fazendo atendimento espiritual, orando com os irmãos, na Paz e Graça do Nosso Deus, e a Ele só peço sabedoria, a exemplo de Salomão, para administrar a cidade de Piracicaba”, afirma, convicto da salvação única e suficiente em Jesus Cristo.
Osvaldo Schiavolin, católico, um mandato como vereador
Tozão é o seu apelido e assim é conhecido na cidade, especialmente no Bairro Campestre, onde os pais e os tios fundaram a olaria que tem o nome da família, com tradição de mais de 70 anos. Osvaldo Airton Schiavolin é casado com Maria Valquíria Salla Schiavolin, ele é filho de Anísio e Alice Pupin Schiavolin. Estudou sempre em escola pública e formou-se como Técnico em Mecânica Industrial. Foi vereador de 2017 a 2020, obtendo 1477 votos.
MINISTÉRIO — Católico praticante, frequenta a Paróquia Imaculado Coração de Maria da Paulicéia, na rua Antonio Bachi, e faz palestras nos cursos de noivos, ao lado da sua esposa, formando um casal de conselheiros. “Já fomos casal-coordenador na Comunidade de Santo Antonio, no Bairro Campestre, que está subordinada à Paróquia”, comenta Tozão. O casal não tem filhos e Tozão lembra de que “a vocação é Jesus Cristo”, a exemplo dos santos da Igreja Católica Apostólica Romana.
Podemos, o partido presidido pela deputada Renata Abreu
O partido Podemos tem a genética das grandes transformações, herdada de um partido que sempre lutou pelos direitos dos cidadãos, de acordo com a presidente nacional da legenda, deputada federal Renata Abreu, de São Paulo, que assumiu um papel de vanguarda na história do Brasil, de acordo com afirmação no seu site. É descendente do Partido Trabalhista Nacional, o PTN, que “transmitiu o legado de uma trajetória irretocável de lisura e conduta, assumindo a frente de importantes causas que fortaleceram o desenvolvimento da Nação”. O Podemos preocupa-se, segundo Renata Abreu, com a crise de representatividade que assola o Brasil e, levando em conta a revolução tecnológica que transforma cada vez mais o modo de viver em sociedade, coloca-se à frente desse processo.