Aldo Nunes

São Pedro comemorou nesse 22 de fevereiro de 2024, quando em sua homenagem circulou este jornal, para comemorar 143 anos de emancipação política, que é tornar-se município mediante autorização do Estado de São Paulo, do qual faz parte, já de bom tempo. Por isso uma data festiva que deve ser comemorada com alegria dentro do seu município e fazer parte da sua história verdadeira. Não pude enviar este meu artigo pois tinha consulta médica em Piracicaba no dia 20/02/2024.Fui avisado da circulação para o dia 22/02/2024. Como no dia 20/02/2024, quando  voltei do médico, mais das 18 horas e a internet e telefonia, como sempre entra em colapso aqui em São Pedro quando chove ou venta, não consegui enviar o meu artigo nem contatar com o jornal. Passado esse transtorno, peço as minhas desculpas aos meus leitores e em especial a minha querida São Pedro.

Diz a numerologia que neste mês de fevereiro devemos nos envolver em atividades artísticas e intelectuais, mesmo que haja obstáculos, respeitando sempre às opiniões diversas. Isso é o que há muito tempo já deveríamos ter aprendido e ainda não aprendemos. Lembro que o Outono chega no próximo dia 20 de março às 0 horas e 8 minutos e a Lua/Cheia no dia 24 a partir das 9 horas e 30 minutos, deste mês de fevereiro, dois dias após esse aniversário de emancipação política da nossa querida São Pedro, sujeito às intempéries do Verão, que neste ano terá um período mais prolongado como nos adianta boa parte dos meteorologistas de várias partes do mundo.

Eu, aqui com meus botões e sonhos que tento decifrar, reafirmo que precisamos nos preocupar com nossa produção agrícola de artigos de primeira necessidade: corremos o risco de que pelo clima mundial previsto, não podemos exceder na exportação dessa produção, esquecendo-se do nosso consumo interno que está afetando a maioria da nossa população; não teremos condições de ser o celeiro do mundo como pensa, boa parte da nossa gente, que está mais preocupada com o telefone celular e não com a vida e alimentação do nosso país politiqueiro. Bem nos disse Almir Pazzianotto Pinto, no seu artigo “Morte e vida de grandes cidades” (Estadão A8, 20/02/2024): “Ao longo da vida, tenho presenciado profundas transformações. Se do ponto de vista da tecnologia avançou com extrema velocidade, não haverá exagero se afirmarmos que, no plano da moralidade e da decência, o retrocesso também sucedeu com igual rapidez. Vejam a vulgarização da corrupção, a expansão do crime organizado, a luxúria desenfreada, a decomposição da célula familiar, o tráfico nacional e internacional de entorpecentes, a lavagem de dinheiro público e particular, o comércio religioso. …”.

Conheci a Estrada de Ferro Sorocabana no trecho de Piracicaba até Charqueada, nos meus 5 anos de idade pois minha mãe lecionava na Usina São Francisco do Quilombo, no bairro Córrego da Onça. Meu pai adquiriu em Charqueada 5 alqueires de terras com moradia, no bairro Querosene, com 100 pés de café, alguns abacateiros tipo Guatemala e pequena área com mato fechado, com minas de água potável, onde vieram morar meus avós paternos e minha tia Isabel com sua família. Quase todos finais de semana, vinha com meu pai visitá-los e muitas vezes lá dormia. A viajem de trem Piracicaba/Charqueada durava aproximadamente 2 horas e 15 minutos, quando tudo corria bem nos trilhos ou na locomotiva movida a lenha, pois o trem vinha até São Pedro e voltando após o almoço para Piracicaba, diariamente. Jamais pensei em vir até São Pedro. Somente vim a conhecer São Pedro em 1º de julho de 1967, quando já sem linha de trem da Estrada de Ferro Sorocabana e, iniciado o trabalho com Manoel Lopes Alarcon, no grupo empresarial do Dr. Octavio Moura Andrade, de onde saí após de um ano do seu falecimento para montar um escritório de contabilidade e lecionar no Colégio Comercial de São Pedro, onde organizei todas entidades filantrópicas da Sociedade São Vicente de Paula. Formado em direito e exercendo a advocacia, casado, finquei residência em São Pedro com a família. Prestei concurso público para a fiscalização estadual e aprovado, nela trabalhei por dez anos e me aposentei, voltando a advogar nas áreas das minhas especialidades. Tornei-me um cidadão são-pedrense, de corpo e alma e vou continuar até enquanto puder, não me esquecendo nunca da minha terra natal, Piracicaba que eu adoro tanto, cheia de flores, cheia de encantos e, não ser um filho ausente a suspirar por ela.

Não tenho em mãos a programação das comemorações da emancipação política de São Pedro, mas com certeza é um evento muito especial e que agrada  imensamente seus moradores e turistas que nos visitam. Como o Verão que aqui para nós do hemisfério Sul, começou em 21 de dezembro de 2023 e vai até 20/03/2024 para dar início ao Outono, mês das frutas regionais, espero que as chuvas veraneias deste ano, que nesse final de semana, assustou nossos moradores sejam mais amenas com menos ventania e queda de granizo em alguns bairros, mas observem a nossa Serra do Itaqueri, pois de lá pode vir algum contratempo, não se aventurando nela nos momentos de chuva pesada e ventos de alta velocidade. E ótima semana a todos.

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Aldo Nunes, contabilista, articulista de jornais,

advogado, Auditor Fiscal de Rendas do Governo do Estado de São Paulo, aposentado;

e-mail: [email protected]