Luiz Claudio Marcolino
Final de ano é sempre um período propício a alguns balanços e comparações. Nesse sentido, se voltarmos ao final do ao passado para comparar, passaremos pela importante vitória do Presidente Lula nas eleições, com a retomada da esperança nesse país.
Mas é claro que não foi fácil, porque a vitória chegou, mas inúmeros obstáculos surgiram entre a campanha e a posse, merecendo destaque a tentativa de sabotagem ao processo eleitoral pela Polícia Rodoviária Federal no Nordeste, a barbaridade assistida na diplomação, até o derradeiro 8 de janeiro, já no Governo.
Mesmo assim, muitos partidários da ideologia reprovada nas urnas não se conformavam com o resultado democrático e começaram a postar nas redes sociais que estavam registrando os indicadores econômicos do final do Governo Bolsonaro para compará-los daqui a um ano. Evidentemente, o tom da postagem não era nada técnico, mas de clara provocação e desejo do pior.
Apesar de uma ação orquestrada, os indicadores variavam bastante de postagem para postagem, mas me recordo que os principais eram: Bolsa de Valores (Ibovespa), cotação do Dólar, Inflação (IPCA), Taxa Básica de Juro (SELIC), Taxa de Desemprego e Salário Mínimo.
E é preciso noticiar que todos eles estão melhores agora, na visão mais atualizada de hoje para o fechamento de 2023, quando comparados aos números do final de 2022.
Indicador | Fechamento 2022 | Prévia para final 2023 |
Bolsa de Valores (Bovespa) | 109.735 pontos | 131.234 pontos |
Taxa de Câmbio (Dólar) | R$ 5,25 | R$ 4,94 |
Inflação (IPCA) | 5,78% | 4,68% últimos 12 m |
Taxa Básica de Juro (SELIC) | 13,75% aa | 11,75% aa |
Taxa de Desemprego (IBGE) | 7,9% | 7,6% |
Salário Mínimo | R$ 1.212,00 | R$ 1.320,00 |
Como economista, posso afirmar que a saúde de uma economia e, acima de tudo, o bem estar social não podem ser medidos apenas pela frieza desses números que os conservadores tanto prezam, mas a comparação foi proposta por eles mesmos.
Resta agora saber da honestidade intelectual dos defensores do governo anterior, rejeitado pela população, para divulgar as informações verdadeiras, como o salário-minimo que, em 2024, será de R$ 1.412,00 com reajuste acima da inflação.
Neste ano, o país voltou a ficar entre as 10 maiores economias do mundo, ocupando a 9ª posição, superando o Canadá. E, com muito trabalho e planejamento, a tendência é de avanços ainda maiores e mais benefícios para a população em 2024.
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Luiz Claudio Marcolino, deputado estadual pelo PT/SP, economista, vice-presidente da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp)