Qual a origem do mal de Alzheimer e como podemos atenuar os seus efeitos?

Alvaro Vargas

O Alzheimer é uma enfermidade neurológica degenerativa, progressiva e irreversível que deteriora o nível cognitivo do paciente e o funcionamento de todo o seu organismo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), essa doença acomete 35,6 milhões de pessoas no mundo e 1,2 milhões no Brasil, com possibilidade de que esses números dobrem até 2030 e tripliquem até 2050. Essa doença se caracteriza pela perda gradativa de memória, ocorrendo uma degeneração neuronal, em que as células nervosas iniciam um lento processo de extinção, levando à perda da massa encefálica e da cognição. Na visão das pesquisas médicas, vários fatores podem desencadear o Alzheimer, desde questões genéticas, traumatismos cranianos, alimentação inadequada, estilo de vida conflituoso, sedentarismo e tabagismo. Embora não exista cura para essa doença, existem tratamentos clínicos que podem retardar o seu aparecimento e atenuar os seus efeitos nos pacientes.

Contudo, embora a terapêutica realizada pelos médicos seja imprescindível, a doutrina espírita sugere o tratamento do ser integral (Espírito e corpo físico) para qualquer enfermidade, quando buscamos melhorar o bem-estar e a saúde dos doentes. De acordo com o Espírito Manoel P. Miranda (FRANCO, D. P. Transtornos Psiquiátricos e Obsessivo, cap. 3), “as alienações mentais de qualquer espécie, sempre decorrem dos gravames morais daqueles que delinquem, na atual ou na existência pregressa. As matrizes de seus compromissos infelizes fixam-se no perispírito que as transfere para o corpo somático, dando lugar aos distúrbios de natureza orgânica, psicológica ou mental, ou se transformam em tomadas para a fixação dos plugues vibratórios dos seus adversários espirituais, aqueles que lhes sofreram os prejuízos, a prepotência, o crime. Como ninguém foge de si mesmo, da própria consciência, a culpa gravada no cerne do ser faculta a sintonia com os adversários em relação aos quais tem dívidas a acertar”. O Espírito Joanna de Angelis (FRANCO, D. P. Seja Feliz hoje, cap. 3) esclarece que “a instabilidade das ondas mentais proporciona o desgaste da energia vitalizadora e os mecanismos degenerativos apressam o surgimento dos males de Parkinson, Alzheimer e de outros transtornos mentais. A dualidade mente/corpo é indispensável enquanto o ser movimenta-se na vilegiatura carnal. A irradiação da mente, que exterioriza o Espírito no seu estágio de evolução, é sempre recebida pelos órgãos de acordo com a sua qualidade vibratória, responsável pela manutenção da desordem ou do desequilíbrio de cada unidade celular. Eis porque os sentimentos doentios, quais a mágoa, o ódio, o rancor, a sensualidade, o erotismo, o ciúme, a vingança, as condutas alienantes culminam em enfermidades de etiologia muito complexa e de terapêutica de difícil eficácia”. É, portanto, uma enfermidade de caráter expiatório para o doente e o seu grupo familiar, mas com o objetivo de recuperar a saúde espiritual da alma, drenando para o corpo físico as energias negativas que se acumularam devido aos atos invigilantes que todos os envolvidos praticaram em existências pregressas.

Considerando a complexidade das causas do mal de Alzheimer, é recomendável que, além do tratamento clínico realizado por equipe médica multidisciplinar, o enfermo, desde que apresente as necessárias condições para isto, passe a frequentar um centro espírita, para ser esclarecido a respeito da Boa Nova de Jesus, à luz do Espiritismo. Além disso, é aconselhável a fluidoterapia (passes mediúnicos e água fluidificada), e verificada a possível existência de entidades espirituais obsessoras, de modo que isso seja solucionado. Independentemente da situação apresentada, a modificação das disposições mentais, tanto a do paciente como a dos seus familiares, vivenciando os ensinamentos do Divino Médico das almas, proporciona um ambiente favorável que atenua os efeitos negativos do Alzheimer.

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Alvaro Vargas, engenheiro agrônomo-Ph.D., presidente da USE-Piracicaba, palestrante espírita

 

 

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