Nem tanto ao serviço e nem à diversão

Gregório José

 

“Nem você e nem as pessoas para quem trabalha se lembrarão do tempo que você ficou a mais para fazer um serviço que todos aguardavam, mas você irá se lembrar do que perdeu ficando tempo a mais sem ter o reconhecimento que esperava”.

O pensamento ressalta uma realidade com a qual muitos de nós podem se identificar: a sensação de que o esforço extra que investimos em nosso trabalho muitas vezes passa despercebido. É uma reflexão poderosa sobre como a busca por reconhecimento e a dedicação excessiva ao trabalho podem impactar nossa vida.

Muitas vezes, estamos dispostos a sacrificar nosso tempo e energia para cumprir nossas responsabilidades e agradar nossos superiores e colegas. No entanto, é importante lembrar que, embora possamos acreditar que esse esforço extra seja uma demonstração de comprometimento e profissionalismo, ele nem sempre resulta no reconhecimento merecido.

A frase destaca como a passagem do tempo pode obscurecer os detalhes das ações que tomamos no passado. As tarefas bem-sucedidas e o tempo extra que foi investido se tornam rapidamente parte da rotina, muitas vezes esquecidos em meio a novas demandas.

No entanto, a segunda parte da frase, “mas você irá se lembrar do que perdeu ficando tempo a mais sem ser reconhecido”, nos lembra da importância de encontrar um equilíbrio saudável entre o trabalho e a vida pessoal. É fundamental valorizar nosso tempo e esforço, não apenas no contexto profissional, mas também em nossa vida pessoal.

Buscar o reconhecimento é natural, mas não devemos negligenciar nossas próprias necessidades e bem-estar em troca disso. Encontrar um equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal, estabelecer limites saudáveis e focar em nossas realizações pessoais pode ser mais gratificante a longo prazo do que simplesmente se esforçar em busca de reconhecimento externo.

Temos que valorizar nosso tempo e esforço, não apenas em termos de reconhecimento externo, mas também em relação ao impacto que isso tem em nossa própria vida e bem-estar. Dividir o serviço e o lazer, o ganho e o prazer para não se enfiar apenas o buscar, ter, possuir, mas, sim, usufruir.

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Gregório José, jornalista, radialista, filósofo

 

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