Rui Cassavia Filho
Um dia ordenou o “Capitão” da “Freguesia”: “aqui, quarenta braças do norte ao sul e quarenta braças de leste a oeste pertence ao povo”, assim nasce a “catedral “igreja-mãe da Diocese”, como padroeiro Santo Antônio de Pádua e a praça depois denominada José Bonifácio.
Então o café e a cana de açúcar criaram uma economia particular nesta “Freguesia”, agora “cidade”, convocando um desenvolvimento econômico impar estabelecida pela “civilização negra”, escrava dos “senhores barões”, e, depois pelos “italianos, alemães e outros importados” para sanear uma nova economia que “baniu a escravidão” social, mas incentivou a escravidão econômica introduzida pela “ordem e progresso”.
Por força desse desenvolvimento a “cidade” ganhou duas “ferrovias” para escoar esta produção agrícola. Uma, denominada “Sorocabana”, instalou-se às margens do Itapeva, e, a outra, a “Paulista” instalou-se no alto do planalto.
A “Sorocabana” construiu sua “estação” na “Armando Salles de Oliveira”, proporcionando uma concentração de pedestre e veículos a caminho do “Porto de Ártemis”, desenvolvendo aqui m comércio particular de produtos populares, não oferecidos no centro econômico da ‘rua do comércio” mais tarde “rua Governador Pedro de Toledo”.
Criou-se então um “canto” de comercio de escambo ou trocas de mercadorias no terreno ou área remanescente da estação da Sorocabana, hoje “feira do rolo”.
Instalou-se então a “Praça Antônio de Pádua Dias” qual proporcionava área de descanso e chegada à “Estação”, permitindo conforto e lazer social, beleza natural e, especialmente, preservação ambiental.
Com o advento do veículo auto dirigível a motor à combustão, o automóvel, o tráfego. à velocidade da economia local trocou o “conforto e lazer social, beleza natural e, especialmente, preservação ambiental” pela frenética “ganância” do “lucro insustentável”.
A “Praça”, que antes acolhia, hoje se propõe a “estacionar” os veículos “auto dirigíveis a motor à combustão”, incentivando a “insustentabilidade ambiental” alimentando e criando um “viés climático” à “Freguesia”, antes sustentável humana e economicamente.
O passo sugerido e implantado vai ao contrário o que a economia atual mundial propõe ao buscar tecnologias inovadoras à mobilidade com veículos auto dirigíveis com motores de emissão “zero” e com sustentabilidade ambiental e econômica.
Nossos “governantes” não desejam aos seus “súditos” sustentabilidade humana; desejam “encher seus bolsos e suas burras” promovendo sua “finita riqueza” e “poder”, para as próximas eleições e manter a “escravidão branca”.
Devemos, nós “súditos”, lutar. esbravejar, gritar, protestar e talvez, orar a “Deus” para que “ilumine’ a mente destas “toridades”, que, no poder, olhem para a sociedade, a escutem o clamor à vida humana, à sustentabilidade à vida.
A “Praça é nossa?!” talvez, porque a decisão de removê-la, propondo este “viés climático”, não houve consentimento da sociedade que deve dispor de benefícios a todos os “súditos”, deixando de cumprir a sua “função social da propriedade” e da “função social da cidade”, cravada em nossa Constituição.
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Rui Cassavia Filho, Gestor da Propriedade Imobiliária/Urbs