Engenho Central – Feira de Sementes e Mudas reuniu cerca de 700 pessoas

Iniciativa reuniu um público diverso de agricultores familiares, quilombolas, povos indígenas, assentados, sem-terra, caiçaras, entre outros. CRÉDITO: Thais Passos/Sema

 

 

Objetivo do evento foi dar destaque para a importância das sementes e mudas crioulas, orgânicas e biodinâmicas do Estado de São Paulo

 

 

A XII Feira de Trocas de Sementes e Mudas Crioulas, Orgânicas e Biodinâmicas do Estado de São Paulo reuniu em torno de 700 participantes no sábado, 2, no Engenho Central, unindo um público diverso de agricultores familiares, quilombolas, povos indígenas, assentados, sem-terra, caiçaras, entre outros. A feira tem iniciativa da Associação Biodinâmica, em parceria com a Prefeitura de Piracicaba, por meio da Sema (Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento), Rede de Agroecologia do Leste Paulista, Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral), NEPAS/UFSCar e Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo).

Realizada anualmente desde 2010, a feira ocorre de forma itinerante em diferentes regiões do estado de São Paulo e essa foi a primeira vez que foi sediada em um município da região leste, sendo também a maior em número de participantes já realizada desde a primeira edição.

O objetivo do evento foi dar destaque para a importância das sementes e mudas crioulas, que conseguem manter sua variabilidade genética e ser reproduzidas pelos agricultores por se adaptarem a diversos locais, garantindo assim a conservação das espécies.

Durante a feira ocorreram rodas de conversas e a realização de cinco oficinas, com os temas: qualidade de sementes crioulas, iniciativas agroecológicas na região de Piracicaba, segurança alimentar e nutricional, produção de sementes biodinâmicas, muvuca de semente, legislação municipal para produção de sementes crioulas, elaboração de iscas e ninhos para abelhas solitárias e produção de mudas de plantas medicinais.

A assessora de gabinete da Sema e nutricionista, Natália Gebrim Doria, apresentou, junto ao professor Paulo Eduardo Moruzzi Marques, da Esalq, a roda de conversa sobre a história da Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil, representando também o Comsea (Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional). “Espaços como esse propiciam a criação e fortalecimento de redes e trocas de experiências entre agricultores familiares e comunidades tradicionais. As sementes crioulas são fundamentais para a conservação da agrobiodiversidade e para a garantia da soberania e segurança alimentar e nutricional da população”, disse Natália.

O engenheiro agrônomo da Cati, Leandro Biral, destacou que o diferencial desta edição foi a apresentação na abertura do evento de iniciativas de produtores/guardiões relacionados às sementes e mudas crioulas em todas as regiões do Estado. “Foram apresentadas experiências que estão iniciando e outras mais avançadas, somando sete iniciativas. A mobilização foi muito importante para viabilizar a vinda de diversos grupos, o que possibilitou que os objetivos da feira fossem plenamente alcançados”, destaca.

A Sema, além de participar da realização do evento, também esteve com um estande para apresentação dos programas da secretaria. “Ficamos muito honrados de receber a feira em Piracicaba, pois é um tema que está em sintonia com nossas políticas públicas de fortalecimento da agricultura familiar, da produção de alimentos, a soberania alimentar e a biodiversidade”, disse a secretária Nancy Thame.

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