Por tempo indeterminado, professores da Escola Técnica (Etec) Gustavo Teixeira, em São Pedro, entraram em greve após protesto na terça-feira (8). Segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Centro de Paula Souza (Sinteps), até a última quinta-feira (10), professores e servidores da área administrativa de pelo menos 132 Etec e Fatecs do estado de São Paulo estão com as atividades paralisadas.
Além da defesa das escolas do Centro Paula Souza, os profissionais protestam para pedir reajuste salarial, pagamento imediato de bônus e revisão do plano de carreira. Durante a semana, apesar de reuniões com representantes do Centro, os professores não tiveram avanços nas negociações e decidiram manter a greve.
A professora de biologia, Doriana de Lucca, contou que desde as duas últimas paralisações, uma no dia 26 abril e outra no dia 13 de junho, os profissionais aguardam uma conversa com alguém da superintendência do Centro e do Governo do Estado. “Aqui em São Pedro, cerca de 90% dos professores estão paralisados”.
Ainda segundo Doriana, como teve o indicativo de greve, o Governo resolveu sentar com os secretários e representantes do sindicato, mas somente para se justificar e não para atender as reivindicações. “Apesar de ser por tempo indeterminado, a gente quer que resolva logo. Professor é feliz dentro da sala de aula, mas também queremos respeito, valorização e sermos ouvidos”.
A categoria pede: Salário – reposição da remuneração que, segundo eles, está congelada e perdeu poder de compra; Bônus – pagamento imediato de bônus; Plano de carreira – revisão da carreira feita pela última vez em 2014 e negociação com as reformas desejadas pelos trabalhadores; Defesa das escolas do Centro Paula Souza – criticam a implementação do ensino técnico diretamente na rede estadual, alegando que a “possibilidade de uma rede paralela de ensino técnico – sem investimentos, sem estrutura laboratorial e sem contratação de professores habilitados – será um golpe de morte nas nossas Etecs”.