Água – Trevisan Jr. protesta contra aumento de 12,75% na tarifa

Para o vereador Trevisan Junior, “não é possível um aumento desse porte na atual conjuntura econômica do país”. Crédito: Assessoria Parlamentar

O vereador Laércio Trevisan Jr. (PL) fez um protesto com cartaz em frente à sede do Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto), contrário ao aumento de 12,75% na tarifa de água. O parlamentar aponta que a tarifa foi reajustada em mais do que o dobro da inflação, que foi de 5,78% no mesmo período. “Não é possível um aumento desse porte na atual conjuntura econômica do país, inclusive não se comparando com a inflação do período e com os poucos investimentos realizados na questão dos vazamentos subterrâneos, que ainda continuam superiores a 50%”, comentou o vereador.

Nesta terça (1º), o vereador protocolou a indicação 2.988/2023, em que pede informações ao presidente do Semae sobre o trâmite geral administrativo que gerou o aumento da tarifa de água em 12,75%, “maior que a inflação do período, que foi de 5,78%”. “Não podemos continuar dessa forma, com a população piracicabana sendo a principal prejudicada com esse reajuste abusivo”, afirmou.

Trevisan Jr. lembrou que, em resposta anterior a questionamento que fez na CPI (comissão parlamentar de inquérito) que apurou irregularidades no Semae, a Prefeitura disse que “já estava tomando providências em relação ao contrato atual”. “Entretanto, já se passaram dois anos e sete meses sem que nada fosse efetivamente feito para beneficiar a população”. “É lamentável que os pedidos de providências da CPI do Semae tenham sido negligenciados pela Prefeitura. Essa inação por parte das autoridades demonstra uma total falta de comprometimento com o bem-estar da população e reforça a necessidade de novas políticas públicas.”

“O aumento abusivo na tarifa de água vai contra os princípios de justiça social e equidade, além de colocar uma carga financeira desnecessária sobre as famílias que já enfrentam dificuldades econômicas. Além disso, é preocupante a falta de investimentos na questão dos vazamentos subterrâneos. Os altos índices de vazamentos representam um desperdício de recursos naturais e financeiros, além de afetar a qualidade do serviço prestado. A contenção desses vazamentos não deve ser considerada um luxo, mas, sim, uma obrigação por parte da empresa responsável”, afirmou Trevisan Jr.

O vereador reiterou sua defesa, “há anos, pela criação da Agência Municipal Reguladora de Piracicaba, que é fundamental para garantir a transparência e a eficiência na prestação dos serviços”. “Essa agência seria responsável por fiscalizar os serviços públicos essenciais, como o abastecimento de água, de forma imparcial e transparente. Com a existência de uma agência local, é possível garantir que as decisões tomadas em relação às tarifas e aos contratos sejam pautadas pelo interesse público”, disse o vereador, acrescentando não ser possível o município continuar sujeito à agência Ares-PCJ (Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), “que é regional e composta por pessoas indicadas e nomeadas com interesses pessoais e mútuos com a agência.”

 

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