Alerta – Pular refeições não emagrece e afeta o sistema límbico

Nutricionista Josué de Oliveira. Crédito: Acervo Pessoal

 

Pular refeições não é uma estratégia eficaz e saudável para o emagrecimento. Embora possa levar a uma redução momentânea na ingestão de calorias, essa prática não é sustentável a longo prazo e pode causar consequências negativas para o organismo.

“Quando você pula refeições, o seu corpo entra em um estado de privação de nutrientes e pode reagir reduzindo o metabolismo para economizar energia. Isso pode dificultar a perda de peso e, em alguns casos, levar ao ganho de peso a longo prazo, pois o corpo pode compensar o déficit calórico em refeições subsequentes, resultando em excessos alimentares”, explica o nutricionista clínico, esportivo e estético, Josué de Oliveira.

O especialista alerta ainda que cortar alguma refeição ou ficar longo período sem comer pode levar à perda de massa muscular e ao desequilíbrio nutricional. De acordo com Oliveira, a pessoa não fornecerá os nutrientes essenciais necessários para a saúde do organismo, como cálcio, ferro, potássio, fósforo e zinco, além de que a falta de macronutrientes, como proteínas e carboidratos, pode resultar em desequilíbrios metabólicos. “Proteínas são essenciais para a construção e reparação dos tecidos, enquanto carboidratos fornecem energia para o corpo. Por isso, é importante avaliar caso a caso para chegarmos nas proporções adequadas para cada pessoa”, ressalta Oliveira.

Consequências negativas no sistema límbico, estrutura de neurônios responsável pela sociabilidade, também são diagnosticadas pela ausência da alimentação adequada, aponta o nutricionista. “Afeta negativamente o cérebro, causando problemas de concentração, humor, desempenho cognitivo e emoções”, aponta. A falta de nutrientes também pode levar ao estresse, fadiga e aumentar o risco de desenvolver distúrbios alimentares. “Uma dieta equilibrada e refeições regulares são essenciais para garantir o bom funcionamento cerebral e promover a saúde mental e emocional”, enaltece Oliveira.

Intervalo ideal para cada refeição – O corpo humano inicia o jejum aproximadamente de quatro a seis horas após a última refeição ou ingestão de calorias. “Recomendo o intervalo de no máximo 4h, mas vale lembrar que já fazemos jejum diariamente durante o sono. Já a quantidade de refeições indicadas ao longo do dia pode variar de pessoa para pessoa e depende de diversos fatores. Costumo indicar três refeições principais e dois lanches, como café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar”, ressalta.

Mas para o indivíduo que possui uma rotina intensa, o nutricionista recomenda a adoção de refeições que forneçam energia e nutrientes suficientes. “Para o café da manhã devemos incluir proteínas e carboidratos. No almoço, optamos por proteínas magras (carne bovina, frango e peixes) e carboidratos com vegetais. Façamos lanches intermediários com frutas, castanhas ou iogurte. No jantar, equilibramos proteínas, carboidratos e vegetais. A hidratação é essencial”, elenca Josué de Oliveira, ao considerar estratégias que auxiliam em ciclos de alimentação constante:

– Planeje e estabeleça horários regulares para as refeições;

– Beba água regularmente;

– Evite refeições pesadas antes dormir;

– Faça exercícios físicos;

– Consulte um nutricionista para orientações personalizadas.

 

 

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