A descendência do homem

Douglas Alberto Ferraz de Campos Filho

 

Dentro de vários livros que já li, percebi que poucas pessoas deste nosso Brasil tiveram a oportunidade de ler alguma coisa sobre a literatura Russa, William Shakespeare e quase nada sobre Charles Darwin, considerado pelos maiores cientistas do mundo um “gênio”; sinto-me na obrigação de escrever algumas palavras que despertem interesse e conhecimento sobre ciência humana e evolução.

No livro “A Descendência do Homem”, publicado em 24 de fevereiro de 1871, Charles Darwin escreveu: “A principal conclusão a que chegamos, após vários experimentos científicos e comparações anatômicas, é a de que o homem descende de alguma forma de vida inferior; entendo que seja com receio, desagradável para algumas pessoas, entretanto, ninguém duvida que muitos de nós descenderam dos Bárbaros (povos antigos da Germânia); certa vez senti um espanto ao encontrar em uma costa litorânea hostil, seres humanos selvagens que possuíam poucas habilidades, viviam daquilo que conseguiam apanhar, não tinham forma de governo e eram implacáveis com todos que não pertenciam a sua tribo, mas não deixam de ser seres humanos”. Não tenho vergonha em dizer que posso descender de um primata que desceu das árvores e salvou seu jovem companheiro de uma matilha de cães famintos e atônitos.

O homem pode ser desculpado por sentir-se orgulhoso pelo fato de ter atingido o topo da escala orgânica, sem ter sido colocado ali originalmente. O homem com todo o seu intelecto que se compara aos deuses, ao penetrar na ciência do movimento e na constituição do sistema solar e do universo, por mais que seus poderes possam estar exaltados, o homem ainda guarda em sua estrutura corporal a marca inapagável de sua origem primitiva.

 

 

 

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Douglas Alberto Ferraz de Campos Filho, médico

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