Abolição – Palestra que destacou o protagonismo negro

Luciano Alves Lima, presidente do Conepir. Crédito: Justino Lucente

Com apoio da Prefeitura, por meio da Secretaria da Ação Cultural, o Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra (Conepir), realizou na tarde de terça (30), no Anfiteatro do Centro Cívico, palestra e roda de debate com o tema 135 anos da Abolição: Protagonismo e Liderança do Povo Negro.

O presidente do Conepir, Luciano Alves Lima, explica que o evento permitiu fazer uma reflexão sobre os 135 anos da Abolição, que foi creditada apenas para a Princesa Isabel. “Nós entendemos que essa abolição teve a participação ativa e efetiva das pessoas negras e escravizados. A Lei Áurea foi um processo que se iniciou com os quilombos, queimas de fazendas e fugas. O negro participou de sua emancipação e não foi um presente da princesa”, reforçou.

A produtora cultural e coordenadora da Rota Afro, Julia Madeira, que foi uma das palestrantes, abordou os pontos históricos negros de Piracicaba, Campinas, Vinhedo e de Rio Claro, que segundo ela, são importantes para a organização negra no pré e no pós abolição da escravidão. “Esse evento foi uma ótima oportunidade de mostrar aos representantes da organização negra pública e privada e estudantes, que atividades como essa precisam se multiplicar para outras ações do Conepir, principalmente no sentido de propor a preservação e resgate da memória e história do povo negro. O outro palestrante foi Estevão Silva, presidente da Anan (Associação Nacional da Advocacia Negra).

A apresentação reuniu conselheiros do Conepir, representantes do Centro de Documentação do Negro, Conselho da Mulher, Comissão e Igualdade Racial da OAB, Clube 13 de Maio, professores e estudantes.

REPRESENTATIVIDADE – O Conepir foi criado pela Lei Municipal 7.444, de 08 de outubro de 2012. Formado por representantes do poder público, indicados pelo Executivo, além de representantes da sociedade civil e entidades de classe, que são eleitos, o conselho tem 21 membros titulares, sendo sete de cada segmento e seus respectivos suplentes.

Entre as atribuições do órgão está formular diretrizes e promover atividades que visem à defesa dos direitos da comunidade negra, à eliminação das discriminações que a atingem, bem como à sua plena inserção na vida socioeconômica e político-cultural; assessorar o Poder Executivo, emitindo pareceres e acompanhando a elaboração e execução de programas do Governo Municipal em questões relativas à comunidade negra.

 

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