Caldeirão Político

CONSELHÃO – I
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou ontem (4) o decreto que recria o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), espaço destinado a debater agendas e temas de interesse dos mais diversos segmentos da sociedade. A cerimônia que marca a retomada do “Conselhão” será realizada no Palácio Itamaraty e também contará com a presença do vice-presidente, Geraldo Alckmin, além de ministros e de conselheiros que farão parte do colegiado.

 

CONSELHÃO – II
Movimentos sociais, setor financeiro, agronegócio e fintechs são alguns dos setores representados. O modelo prevê representação de trabalhadores, empresários e de entidades setoriais, de modo a sintetizar a pluralidade e a diversidade da sociedade brasileira. “O novo Conselhão tem forte ênfase na inovação, além de trazer para o centro do debate a preocupação com a sustentabilidade, de modo transversal, e a diversidade nacional, com representantes dos mais variados setores”, explica o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela coordenação do colegiado.

 

GOLPE – I
A operação da Polícia Federal que, na quarta-feira, 3, prendeu Mauro Cid, ajudante de ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e realizou busca e apreensão na casa do ex-chefe do Executivo, está tendo desdobramentos avassaladores, que, a cada passo, aperta o cerco sobre eventual participação do ex-capitão do Exército na trama de atos golpistas no País após a derrota nas eleições em 2022.

 

GOLPE – II
Foram apresentados áudios divulgados a Mauro Cid pelo ex-major Ailton Barros – conhecido como “segundo irmão de Bolsonaro” – em que o segundo orienta o primeiro a “pressionar” Freire Gomes (comandante do Exército) para que “ele faça o que tem que fazer”, diz, em mensagem de 15 de dezembro. Barros defendeu que o militar deveria realizar um pronunciamento, “porque, aí vai ser tudo dentro das quatro linhas” – utilizando a expressão já utilizado pelo ex-presidente.

 

GOLPE – III
Ainda segundo os áudios divulgados pela PF, Ailton Barros pedia a Mauro Cid que Bolsonaro se manifestasse para “levantar a moral da tropa, que está abalada em todo o Brasil”. Ele acrescentou, ainda, que “no agronegócio, caminhoneiros, meio empresarial, cidadão comum, estamos todos quase jogando a toalha”, diz, ao relatar o desânimo em torno da derrota. Ele ainda sugeriu a prisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes, e decreto de GLO (Garantia da Lei e da Ordem).

 

GOLPE – IV
Pelos áudios divulgados, não é possível saber qual foi a resposta. Mas vale lembrar que a Operação da Polícia Federal, que, inicialmente, foi em torno da investigação sobre esquema de fraude em comprovantes de vacinação, prendeu Mauro Cid, Ailton Barros e outros quatro: o sargento Luís Marcos dos Reis, os ex-assessores de Bolsonaro Max Guilherme Machado do Santos e Sérgio Rocha Cordeiro, e o secretário de Saúde de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha.

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