Saúde – Piracicaba poderá adotar sistema de inclusão para crianças com autismo

Na manhã desta terça-feira (4), Relinho conversou com o secretário de Saúde. CRÉDITO: Fabrice Desmonts

 

PL em tramitação na Câmara, do vereador Relinho, já tem o aval da Administração, por intermédio do secretário de Saúde, Silvano Filemon

 

Projeto de lei 27/2023, de autoria do vereador Rerlison Rezende, o Relinho (PSDB) dispõe sobre a autorização de implementação do sistema de inclusão escolar “ABA” para crianças com autismo nas escolas da rede pública do município de Piracicaba. O projeto constou na pauta da Ordem do Dia, da 17ª reunião ordinária de ontem (3), em discussão única, sendo rejeitado em plenário o parecer contrário da CLJR (Comissão de Legislação, Justiça e Redação), devendo retornar a plenário nas próximas reuniões camarárias, após análise de outras comissões.

Na manhã desta terça-feira (4), o vereador Relinho conversou com o secretário municipal de Saúde, Silvano Filemon, que reafirmou a importância desta iniciativa em Piracicaba. “O projeto é bom para o município”, destacou o secretário, em apoio à iniciativa.

“O nosso trabalho é em prol destes cidadãos”, destacou o parlamentar, que também fez questão de registrar que o seu interesse na defesa do projeto está acima da política.

Na defesa do projeto, o vereador Relinho mostra que a iniciativa tem a finalidade de instituir na rede municipal de Ensino o sistema de inclusão escolar baseado na técnica ABA – Análise do Comportamento Aplicada, para crianças e adolescentes diagnosticados com o TEA (Transtorno do Espectro Austista).

O transtorno abarca um amplo universo de indivíduos com quadro clínico de déficit, em maior ou menor grau, em pelo menos uma das seguintes áreas: interação social, comunicação e comportamento. O parlamentar observa que a legislação brasileira garante que os sistemas de ensino matriculem os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas classes comuns do ensino regular, onde se faz necessário adaptações nas escolas públicas, a fim de garantir a inclusão das crianças autistas na rede municipal de ensino, bem como o desenvolvimento funcional, dando continuidade aos tratamentos prescritos por médico especialista.

A técnica ABA, trata-se do conjunto de técnicas e procedimentos advindos de um campo específico da psicologia comportamental, com avaliação do repertório da criança, estabelecendo planos educacionais, a fim de integrar a criança ao ambiente do qual faz parte.

O método tem alta taxa de sucesso, proporcionando o desenvolvimento de habilidades, tais como, o reconhecimento de emoções e o comportamento emocional propriamente dito, bem como promovendo o desenvolvimento funcional e a qualidade de vida das crianças e adolescentes.

Sérgio Teodoro ocupou a tribuna da Câmara nesta segunda-feira (3). CRÉDITO: Guilherme Leite

 

Câmara – Transtorno do Espectro Autista é discutido na Tribuna Popular

O psicólogo Sérgio Teodoro usou a Tribuna na noite desta segunda-feira (3) para falar sobre os trabalhos desenvolvidos pela organização Egrégora Servatus, da qual é presidente, e sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), durante a 17ª Reunião Ordinária.

A Egrégora é uma organização religiosa ecumênica e tem como objetivo a prática de amor ao próximo. Na organização, são desenvolvidos trabalhos com quatro grupos: crianças vítimas de violência e abandonadas, autistas e familiares, mulheres grávidas por estupros ou violência e idosos. Ele ressaltou que o foco está nas famílias de pessoas autistas.

O psicólogo apresentou dados do CDC (Centro de Controle de Doenças e Prevenção dos Estados Unidos), que apontam que, a cada 36 nascimentos, um será de uma criança autista. Ele informou que não há estudos no Brasil sobre autismo e que muitos, de maneira inapropriada, dizem se tratar de uma pandemia. Sérgio argumentou que isso acontece por falta de entendimento da sociedade e até de profissionais.

Ele lembrou o Dia Mundial de Conscientização do Autismo e revelou que “não há o que comemorar”, visto que as famílias de pessoas autistas, muitas vezes, estão com depressão ou relações desgastadas, excluídas da sociedade. Ele também apresentou um vídeo que aborda o assunto.

O psicólogo relatou sobre um projeto enviado ao prefeito que está em fase de ajustes finais para construção de uma sede para atender as pessoas autistas. O projeto é ofertar atendimento de neuropsicologia e terapias integrativas. “Não estamos pedindo verbas públicas ou emendas parlamentares, o que queremos é só um lugar para atender”, finalizou Sérgio.

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