SAF do XV, um novo capítulo na história

 

 

Alex de Madureira

Fui testemunha, na semana passada, da assinatura de um convênio entre o Esporte Clube XV de Novembro e uma empresa ligada ao Banco BTG-Pactual, para a construção de um novo momento da história do time do coração dos piracicabanos, paulistas e brasileiros. Agora, na condição de assessor especial da diretoria, convite feito pelo presidente Luiz Guilherme Schnoor, que muito me honrou, alinho-me aos que acreditam neste momento, na oportunidade para que o XV cresça, consolide-se nas suas estruturas administrativa e financeira, mas, especialmente, dentro de campo.

Foram-se os tempos de alegrias imaginárias proporcionadas por presidentes que enchiam os porta-malas dos carros com dinheiro vivo e saiam pelas estradas paulistas e brasileiras em busca de grandes jogadores para virem atuar no clube, como Romeu Ítalo Ripoli e Humberto D´Abronzo. Nessas épocas, os atletas passavam por aqui e competiam, às vezes muito bem, outras nem tanto, depois voltavam para seus recantos, deixando boas ou más impressões à imprensa, à torcida e aos demais colegas de profissão.

Já tivemos uma parceria desastrosa, com a TAM (Transportes Aéreos de Marília), cujo então mandatário, o Comandante Rolim Amaro, igualmente muito bem sucedido financeiramente, tentou colocar o clube num novo patamar. Porém, ficou marcado por trocar as cores zebradas da nossa camisa pelo azul e o vermelho da sua empresa. Uma passagem que não deixou saudades aos torcedores, nem a cidade.

Contudo, hoje os tempos são outros. O XV tem cerca de 1.200 sócios em uma cidade de 450 mil habitantes, o que é pouco. Destes, apenas 102 foram votar nas últimas eleições para o Conselho do Clube, muito pouco também. Temos um público médio que gira entre 2.500 a 3.000 torcedores em dias de jogos, mais ou menos empolgados para ocuparem um estádio que não é do clube, mas do município. A arena foi construída para 18 mil espectadores, entretanto, esteve lotada apenas em momentos e jogos muito especiais.

As administrações municipais e algumas poucas empresas são parcerias constantes do clube. Isso em uma cidade rica e diversificada nos seus campos industrial e comercial, de onde poderiam vir apoios mais significativos. Uma lei aprovada lá atrás pela nossa Câmara de Vereadores Municipal, faculta ao torcedor doar R$ 1,00 nas contas de água, com arrecadações modestíssimas todos os meses.

Diante desse cenário, portanto, é muito bem-vinda a perspectiva da criação de uma nova Sociedade Anônima do Futebol para o XV, que consiga trazer recursos externos, capazes de nos ajudar a enfrentar reformas e manutenções essenciais no “Barão”, oferecer melhores condições profissionais para formação de atletas das categorias de base e, em especial, fazer com que o time da cidade, e de todos nós, possa voltar a atuar de forma mais eficiente nos campeonatos que disputa, honrando sua tradição de 110 anos de existência. Uma das chaves para isso é fixando os atletas revelados e disputando as primeiras posições nos campeonatos.

Diante destes novos desafios, coloco-me à disposição, bem como o meu mandato de deputado estadual, da diretoria do clube e dos torcedores, para ser um interlocutor junto ao Governador de São Paulo e a outras instâncias cabíveis. Espero contribuir para abrir outros contatos, portas e possibilidades, e assim, ajudarmos a viabilizar este novo momento histórico do time. Na torcida para que ele seja bem sucedido e que possamos comemorar, do fundo das nossas emoções, o “Gooolll do XV”, que todos temos o privilégio e a alegria de gritar nos dias de jogos.

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Alex de Madureira, deputado estadual (PL)

 

 

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