Família (II) – Novos Núcleos Familiares

 

A família se constitui a célula mater da sociedade. É dela que extraímos as experiências iniciais para a vida em sociedade. Disso decorre que a forma como encaramos a vida em seus variados aspectos são parcialmente reflexo de como lidamos com tais situações nas relações familiares.

No entanto a família tem se modificado ao longo de quatro décadas, na carona com as mudanças de paradigmas sociais criando novas formas. Com a entrada da mulher no mercado de trabalho as posições se modificaram. Grande parte dos lares tem a mulher como ‘chefe-de-família’ entre outras mudanças que deixaram tanto o homem quanto a mulher perdida em suas funções. É muito comum observar famílias cuja força econômica está centrada na mulher, e confundindo papeis, facilmente destituem o homem da posição de lei, de organizador do núcleo familiar. Para a educação dos filhos isso é muito ruim. Passam a manipular os pais ao perceber a fragilidade.

A partir dos movimentos feminista e ambiental dos anos 60/70, novas formas de agrupamentos tem se dado. Casais que já viveram um casamento preferem não repetir experiências. Ele tem filhos com a ex, ela tem filhos com o ex. podem se unir juntando as partes, mas tem sido frequente o ‘namorido’ em que cada qual tem sua casa e se encontram para namorar, sem formar novo núcleo familiar.

 

 

Segundo a Vigilância Sanitária, 80% das internações hospitalares de São Paulo são provocadas por doenças transmitidas por contato com água contaminada.

 

Ele tem 67 anos, é trabalhador, honesto, com muito desejo de cuidar de mim. Mas sinto aversão se penso nele me tocando ou fazendo sexo com ele. Nem gosto quando se aproxima de mim e me entristeço. Ele se vitimiza, mas não tenho dó, acho que é estratégia de pessoas egoístas e fico com mais raiva ainda. Deixei claro que só quero sua amizade, mas sempre me pede uma chance. Para ajudar somos evangélicos, estudamos Teologia na mesma faculdade e sempre nos vemos. Desejo viver uma paixão novamente, sentir borboletas na barriga, puxar a pessoa e beijá-la com muito desejo. Ele me oferece uma estrada para caminhar juntos, eu desejo voar sobre as montanhas.

Célia, 53

 

Começando pelo final, acho que nem ele mesmo sabe o que lhe oferece, mas você já se armou até os dentes. No entanto isso é muito questionável. Está claro seu desejo de se envolver, mas algo está no caminho, me parece. Suas justificativas racionais não dão conta do aspecto emocional bem evidenciado. Vejo que você realça a ele a amizade, mas na questão expressa o desejo de se apaixonar. Aí há um conflito que me foge qualquer hipótese. O que lhe causa tanta aversão que não me ficaram claras suas raízes? Aspectos morais? Estéticos? De idade?

Outra coisa que salta aos olhos é sua conclusão: ele é egoísta por se vitimizar. Onde se encontra a relação causa-efeito? Isso me pareceu estranho…

 

 

 

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