SALTINHO
O município de Saltinho não ficou fora do foco nacional nestas eleições. É que, pelos números, é a cidade mais bolsonarista do Brasil, enquanto que Itapura, no Oeste paulista, é a mais lulista. Política tem essas novidades que só a Historia vai contar, daqui uns anos.
VISITA
Na manhã de ontem (5), o deputado estadual Alex Madureira (à esquerda) visitou a redação de A Tribuna Piracicabana, sendo recebido pelo diretor, Evaldo Vicente. Foi candidato à reeleição pelo Partido Liberal (PL) e disse que “faço uma visita de cortesia à Tribuna, agradecendo pelas publicações das matérias e divulgação plural das notícias políticas”. Alex, que foi o mais votado em Piracicaba, também afirmou que a coluna Capiau publicou uma referência a “intrigas” entre ele e o vereador Paulo Campos (Podemos), que foi candidato a deputado federal e ficou na suplência. “Para mim, não há intrigas e estou à disposição do nobre companheiro Paulo Campos”, afirmou Alex, com camiseta branca. O branco é paz?
LULA E FHC
Os que fizeram e fazem história se encontram. Agora, para mais uma campanha em favor do petista Lula da Silva (PT). FHC, Fernando Henrique Cardoso, vai cuidar do seu ninho, o dos tucanos, o PSDB. É que o governador Rodrigo Garcia (PSDB) já se antecipou e foi, pelo jeito sozinho, para apoiar a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).
ALMEIDA
O ex-vereador Chico Almeida (PT) está feliz, comemorando a votação do Partido dos Trabalhadores em Piracicaba, destacando-se a votação da Professora Bebel para deputada estadual e do candidato a federal Jilmar Tatto, para quem desenvolveu amplo trabalho, juntamente com seus apoiadores. Política eleitoral se faz assim: vontade e trabalho e sola de sapatos. E também guarda fotos: aparecem Almeida e Tatto, quando visitaram a redação de A Tribuna em 2018, quando o deputado federal eleito agora foi candidato ao Senado Federal.
FRAUDE?
Lamentáveis as bobagens que são postadas nas redes sociais – os meios mais suspeitos para a informação correta, infelizmente – quanto a vários temas, especialmente sobre as urnas eletrônicas. A Justiça Eleitoral brasileira é de altíssimo nível, um trabalho dedicado dos magistrados e servidores públicos, assim como dos cidadãos para tal ação convocados. Seria melhor que, em lugar dessas postagens, apresentassem algum projeto, uma ideia a discutir.
OMETTO
O empresário Rubens Ometto, líder do Grupo Cosan, está entre os maiores doadores de campanha em 2022. Seus recursos foram, na maioria, para candidatos ligados aos candidatos apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro, destacando-se Tarcísio de Freitas, candidato dos Republicanos ao Governo do Estado. Do PT, o deputado federal Carlos Zarattini foi contemplado com R$ 100 mil, e que foi reeleito. No total, as doações de Ometto chegam a seis milhões de reais. Quem tem, tem; quem pode, pode.
NORTE
A Região Norte do Brasil terá o Pará (leia-se governador Helder Barbalho) e o Amazonas com campanha declarada em favor do ex-presidente Lula (PT) para a Presidência da República. Aos poucos, pelo jeito, há um clima em favor do candidato que chamam de “esquerda”, enquanto o candidato de “direita”, Jair Bolsonaro (PL) recebe apoios dos governadores de Minas Gerais e São Paulo.
SERRA
O antigo adversário de Lula e senador José Serra (PSDB) – não foi eleito deputado federal, apesar dos esforços de tantos amigos, como o do ex-prefeito Barjas Negri (PSDB) – declarou apoio ao candidato petista. Como o vice Geraldo Alckmin, Serra dá amostra de espírito público, de democrata, e que as questões circunstanciais de campanha nada têm a ver com a substância que envolve o maior do projeto coletivo.
PDT
O presidente do PDT, Carlos Luppi, fez o mesmo, com a Executiva Nacional e as Executivas Estaduais da legenda tomando posição em favor da candidatura de Lula ao Palácio do Planalto. Por sua vez, o ex-governador Ciro Gomes acompanhou a decisão unânime dos seus companheiros de partido, destacando-se seus irmãos, especialmente o senador Cid Gomes. O Portal do José fez um comentário sobre isso lembrando que Leonel Brizola chamou Lula de “sapo barbudo” e, depois, estiveram unidos em outras campanhas.
DECADÊNCIA – I
Refere-se à “decadência eleitoral”. O mesmo ocorreu com o deputado estadual Roberto Morais (Cidadania) para sua sexta reeleição – tentou o sétimo mandato na Alesp -, obtendo 16 mil votos, também ocorreu com os falecidos Mendes Thame e João Herrmann Neto. Eles tentaram o quinto ou sexto mandato e tiveram em torno de 13 mil votos em Piracicaba. Isso significa que a reeleição para o Legislativo tem limite.
DECADÊNCIA – II
Isso ocorreu também com o deputado estadual Campos Machado (Avante) que tentou seu novo mandato na Alesp. Também de carreira brilhante na política, tendo organizado o PTB no Estado de São Paulo, assim como o Avante, Campos não conseguiu os votos necessários para continuar no Palácio Nove de Julho. Não é demérito. É a certeza de que o povo cansa nos “vícios” que se criam em torno da reeleição. Há tantos cargos para disputa na República!
SUPLICY
Exemplo de exercício político-eleitoral é do hoje vereador Eduardo Matarazzo Suplicy. Foi deputado estadual, foi deputado federal, foi senador por três mandatos, e agora eleito deputado estadual, com quase um milhão de votos. Pelo menos a troca da disputa de cargos já parece dar mais respiro ao exercício democrático. Isso ocorreu há tempos com o ex-ministro e ex-governador Jair Soares, que encerrou sua carreira como vereador em Porto Alegre.
BANCADAS – I
O Partido Liberal (PL) de fato fez história elegendo tantos senadores, deputados federais e estaduais no País, assim como o Bloco PT-Psol. Mas os críticos respondem ao vereador Laércio Trevisan Júnior – tradicional líder da legenda em Piracicaba – que não é mérito algum do partido e, sim, da polarização que tomou conta no País. E Trevisan entende muito bem isso.
BANCADAS – II
A votação para o Poder Legislativo está atrelada ao partido dos candidatos Bolsonaro e Lula, estes, sim, os responsáveis pela eleição de tantos parlamentares. Caso optassem por outra legenda, todos esses votos migrariam para as mesmas. Portanto, reforçam os críticos, a conquista não é mérito dos partidos. Aliás, perguntar não ofende: existem partidos no Brasil? Só o PT tem uma aparência mais de partido, mas é rachado em quantas fatias?
BANCADAS – III
Que o diga o PSL (Partido Social Liberal), pelo qual o presidente Bolsonaro foi eleito em 2018. Fez, na eleição passada, uma bancada considerável e, agora, apresentou números irrelevantes. Ou seja, quem puxa voto para o partido é o cabeça da chapa presidencial. PSL não passa de um partido nanico no Congresso Nacional.
PARA 2024
Se o político tem convicção de ser candidato em 2024, seja a prefeito, vice ou vereador, e não começou tratar do tema desde segunda (03), significa que já perdeu três dias de trabalho. A campanha começa no dia seguinte ao dia da eleição e quem não perde tempo com isso é o ex-prefeito Barjas Negri (PSDB). Seus aliados já estão se preparando: ou para apoiá-lo ou, em ações secretas, à procura de outro candidato. Talvez uma candidata, pois o sonho de muitos é ter, em Piracicaba, uma mulher na chefia do Executivo. Quem sabe?
REELEIÇÃO
Apesar de muitos assoprarem brasa para acender o fogo de campanha de reeleição do prefeito Luciano Almeida (sem partido), é certo de que ele, como sempre disse, não será candidato em 2024. E se for, com certeza, está aguardando a arrumação partidária para se filiar a alguma legenda. Até agora, o silêncio está falando mais alto. Diga algo, prefeito Luciano!
POSIÇÃO
O deputado estadual Alex de Madureira (PL), reeleito e com maior votação em Piracicaba, gravou vídeo de apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) e à candidatura de Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao Governo do Estado de São Paulo. Fez o mesmo o que o governador Rodrigo Garcia (PSDB) fez. “Temei posição”, disse ao Capiau. É que, durante a campanha, a maioria dos seus “santinhos” deixou livre outros cargos. É a política.