Autoestima (II) Autoimagem

Ingenuamente é fácil se associar grau intelectual com boa autoestima, mas é um engano.

Quando se fala com um público leigo sobre determinado assunto, o profissional que o domina consegue adaptar sua linguagem para se comunicar. Da mesma forma a falta de domínio pode levar o palestrante a utilizar jargões e termos técnicos escamoteando sua falta de conhecimento. Esse recurso, apesar de não informar o público, passa uma falsa ideia de saber, e o expositor é visto como um profundo conhecedor sobre o tema.

No entanto pode mascarar outra realidade: uma dificuldade do profissional em reconhecer falta de conhecimento.

Uma pessoa com boa autoestima, centrada, prescinde da aprovação do outro para legitimar suas ações no mundo (mesmo pagando altos preços), reconhece os limites de seu conhecimento.

Autoestima está mais associada a um bom contato com suas próprias emoções que bagagem intelectual em si. Saber dizer ‘não sei’ não é tão simples. É preciso ter seu ego menos espaçoso. Reconhecer a competência de outras pessoas não diminui a sua, embora muitas pessoas assim o sintam.

A autoimagem atua sobremaneira na autoestima, na medida em que a autoimagem é sempre idealizada. Projetivamente nos julgamos tal como desejaríamos ser, e não o que de fato somos. Se formos forçados a nos olhar como somos a autoestima exercerá papel fundamental para suportar isso.

 

“Você que pensa que ninguém, ou mesmo você, não vai mudar o mundo, seja melhor e mais valente. Mude seu mundo e o mundo, a partir daí, já será diferente”. (desconhecido)

 

Sou moderna, bonita, independente, já saí com alguns homens de um site, mas nenhum vira relacionamento. Fico em dúvida com relação a sexo no primeiro encontro. Ou sou vista como antiquada, em desvantagem das outras que transam na primeira vez, ou se rola o cara some depois e ainda deixa o nome na lista de contatos para uma próxima transa e só. Não consigo entender, tem alguma explicação? Teria algum manual masculino pra me ajudar?

 

Não, explicação não tem, cada pessoa é única e responsável por si. O que vejo em sua questão é uma crise entre a moral e o desejo. Por outro lado, você já percebeu que a entrega sexual é pior que não garantir um relacionamento, pois pode lhe colocar no “rodizio” dele. É isso o que você quer? Porém é preciso ressaltar que se isso aconteceu uma vez (não sei quantas vezes) não se pode pensar que todo homem seja assim.

Mas há algo muito peculiar nisso tudo: as relações virtuais. Quando se está em um site de relacionamentos, as possibilidades que surgem são muitas e simultâneas. Muitos homens e mulheres veem nisso um caminho para aventuras sem compromisso.

Mesmo assim, fico com a impressão que você tenta adivinhar o que o outro espera, supondo que assim agindo leve alguma vantagem. Creio que vantagem mesmo você terá quando focar-se no que deseja para si. É como aquela estória de se cuidar do jardim que as borboletas virão. Não precisará correr caçá-las.

 

 

 

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