Bolsonaro e a fé

Francys Almeida

 

“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem.” (Hebreus 11.1)
É comum ver cristãos defenderem o presidente Jair Bolsonaro (PP) como se fosse um “enviado” para defender a Igreja. Mas seguem alguns pontos de análise:
– A Igreja é de Cristo. Então, ela não tem candidatos, nem precisa de defesa.
– As lideranças religiosas apoiam Bolsonaro não pelo que ele é, já que está bem visível que ele age como um anticristo. O apoio destas lideranças é por conta do que ele pode dar, como concessões, cargos, entre outras benesses ligadas à política institucional.
– Silas Malafaia apoiou FHC, Lula, Temer e Bolsonaro. Então, eu pergunto: qual é a sua ideologia? Ou seja, o que ele tem é apenas interesse político.
– O Ministério Público deveria averiguar as isenções que Silas teve nesse período. É sempre bom ressaltar, em nome de Deus não vale tudo!
– O “evangélico médio” nunca leu, de fato, a Bíblia e não sabe distinguir o que é maniqueísmo e manipulação realizadas a partir das sagradas escrituras.
– O Cristianismo é absolutamente incompatível com a ideologia definida como “bolsonarismo”. O Sermão da Montanha (Mateus, capítulo 5) mostra isso.
PROFECIAS – Jair Bolsonaro é o cumprimento de profecias e textos bíblicos, a saber:
– O que é o anticristo? A Bíblia afirma que surgiria o anticristo, opondo-se à verdade, ou seja um mentiroso, e ao próprio Cristo. O apóstolo João declara: “Filhinhos, esta é a última hora; e, conforme ouvistes que vem o anticristo, já muitos anticristos se têm levantado; por onde conhecemos que é a última hora” (1a João 2:18).
A palavra original em grego para “anticristo” pode ter dois significados. Pode significar “contra Cristo”, no sentido de uma pessoa ou certo poder estar em oposição ao trabalho de Cristo. Ou a palavra pode significar “em vez de Cristo”, no sentido de uma pessoa ou certo poder “tomar o lugar de Cristo”, ou é uma “imitação de Cristo”. O Anticristo é um mito? Ou um imitador? Os anticristos são indivíduos que estão pregando um evangelho, mas que não é o verdadeiro, por isso propagam ódio e desamor.
Em resumo, o que aproxima os evangélicos de Bolsonaro não é ideologia: Deus, Pátria e Família! O que aproxima é poder e dinheiro. Esses mesmos, se Lula, Ciro ou Doria for o próximo presidente do Brasil, estarão certamente junto ao governo.
A igreja é de Cristo, mas o sistema religioso é de Mamom!
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Francys Almeida, advogado

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