Francys Almeida
A doce e singela canção dos Três Porquinhos nos faz recordar que, nos contos infantis, sempre há um inimigo há ser combatido.
O bolsonarismo se nutre da mesma tática! “Kit Gay”, “Mamadeira de P…”, “Ameaça Comunista”… Para isso, criou-se o Soldadinho de Chumbo, Herói de Revista em Quadrinhos, a quem chamam de Mito.
A culpa é do comunismo, mas ele tem por objetivo conscientizar os trabalhadores das suas condições sociais, históricas. Conscientizá-los de que o que os impedia de ter uma vida digna e boa eram as relações de trabalho, às quais estavam submetidos, e que isto poderia ser rompido quando eles abandonassem a ideologia da qual eram prisioneiros. Qualquer semelhança com a atualidade é mera coincidência, ou não?
Quando falamos da construção de um projeto político popular para Piracicaba, onde os mais diversos setores da sociedade participem, causa em alguns estranheza e ódio. O povo ainda não se apercebeu que rico governando é prejuízo para pobre.
Primeiramente, os ricos não têm a mínima noção do que é passar fome, ter contas para pagar, precisar morar em albergue, nada os comove.
“Eu tenho horror a pobre” (Caco Antibes, programa humorístico Sai de Baixo).
Esse é o sentimento deles: nojo, horror, raiva, ódio. Enquanto elegermos ricos para governarem, jamais saberemos o que é justiça social no sentido prático.
Em todas as épocas da história, a sociedade foi marcada por uma luta de classes, sendo essa relação caracterizada pelo antagonismo entre uma classe opressora e uma oprimida. O próprio Salomão escreveu: “O asno montês é a presa do leão no deserto; assim, também os pobres são o pasto dos ricos. E assim como a humildade é a abominação do soberbo, assim também o pobre é a execração do rico”.
Eles precisam procurar culpados, pois a culpa é deles e eles colocam em quem quiserem… Consciência de classe é fundamental e, por isso, precisamos de um Projeto Político Popular. Essa é verdadeira PPP.
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Francys Almeida, bacharel em Direito, militante partidário