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O ato de desagravo promovido nesta tarde de ontem (25), na Câmara de Vereadores de São Paulo, à agressão sofrida pela deputada estadual Professora Bebel (PT), reuniu representantes de mais de cinquenta entidades sindicais, entidades populares, da sociedade civil, da educação, parlamentares e partidos políticos, que repudiaram a agressão e a forma truculenta como foi tratada na sede da Secretaria Estadual da Educação, no último dia 18, quando tentava entrar no prédio para tratar do desmantelamento do EJA/CEEJA pelo governo estadual. O ato foi uma iniciativa dos amigos da Deputada Estadual Professora Bebel contra o autoritarismo, machismo, a violência e a misoginia, e reforçou a importância do seu mandato na Assembleia Legislativa de São Paulo e o seu trabalho à frente da presidência da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo).
A deputada e líder sindical, que tem recebido inúmeras manifestações de solidariedade dos mais variados segmentos, repudiando a agressão sofrida por ela na Secretaria Estadual da Educação, agradeceu as inúmeras manifestações de solidariedade, a presença de todos e disse que pela sua postura à frente da Apeoesp e no parlamento paulista tem sido perseguida pelo governo estadual, tanto que as emendas impositivas ao orçamento estadual não têm sido liberada ou demorado em demasia para que seja paga, prejudicando as entidades que necessitam dos recursos. No entanto, garante que não será isso que irá fazer com que deixe de ser uma parlamentar combativa e que trabalhe para o bem-estar do povo paulista. “Agradeço de coração aos organizadores do ato, que ficará marcado na minha trajetória. É um amparo que vocês me dão nessa luta”, disse Bebel, agradecendo a cada manifestação de apoio e a cada um que participou do evento.
Apesar da truculência por parte da Secretaria Estadual da Educação, a deputada Professora Bebel que só agora dá conta dos riscos que correu, até porque foi empurrada nas escadarias da secretaria, atribuindo a postura do segurança a ordens superiores do secretário estadual da Educação, Rossieli Soares. “Ele (Rossieli) está sendo pior do que a ex-secretária Rose Neubauer”, comparou. “Só consegui ingressar no prédio, acompanhada de diretores da Apeoesp , depois de muita pressão, e acabei sendo recebida pelo Coordenador Pedagógico da Pasta, Caetano Siqueira. Estava lá como deputada e presidenta da Apeoesp, para defender os interesses de uma categoria e da população”, enfatizou.
Bebel também reforçou que não é esta demonstração truculência, comum no governo de João Doria, que irá interromper a sua luta em defesa de uma educação pública e de qualidade e para todos. Contou que a sua iniciativa de ir até a Secretaria da Educação foi tirada pelo Conselho Estadual de Representantes da Apeoesp em função da recente publicação da Resolução 119/2021, pela Secretaria Estadual da Educação, que, entre outras alterações, reduz o currículo dos CEEJA, suprime disciplinas importantes da área de humanidades (História, Geografia, Sociologia, Filosofia e outras). “Além dessas alterações relacionadas aos CEEJA, também é urgente que se interrompa o processo de fechamento de turmas de Educação de Jovens e Adultos e de classes no ensino regular noturno, prejudicando os direitos dos estudantes e também dos professores”, disse, uma vez que esse processo de exclusão atinge sobretudo os estudantes trabalhadores que, com a ampliação do Programa de Ensino Integral (PEI) nas escolas estaduais e fechamento do noturno, ficam sem opção para a continuidade dos estudos.”, ressalta Bebel.
Carta — A Federação dos Trabalhadores em Educação do Estado de São Paulo (FETE-SP) endereçou carta ao presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, Deputado Carlão Pignatari (PSDB) e a todas as lideranças partidárias da Casa, protestando contra a violência com que a Secretaria de Educação empregou contra a deputada Bebel. A FETE-SP cobra do presidente da Alesp que exija uma retratação do Secretário de Educação, Rossieli Soares, pela truculência. “Bebel e parte da diretoria da APEOESP queriam falar com o Secretário, mas, na porta de entrada da Secretaria, Bebel foi agredida por um segurança, provavelmente, sob ordens”, comentou a presidenta da FETE-SP, Nilcea Fleury.