Violência (VI) – 30 anos de pesquisa

Disputando com a saúde e a educação, a segurança pública está entre as maiores preocupações sociais, o que a torna um desafio de todos.

O instituto Sangari, após mais de 30 anos de pesquisa tem mapeado a violência nas 27 Unidades Federadas, 27 Capitais, 33 Regiões Metropolitanas, totalizando 5.565 municípios. As conclusões confirmam tendências de pesquisas mais recentes: se por um lado a taxa de homicídios parece ter estagnado, por outro se nota a migração do crime para regiões que antes eram consideradas mais seguras.

Além disso, o estudo contempla uma análise da violência (especificamente a que culmina em homicídio) considerando as diferentes faixas etárias, segmentos sociais como jovens, mulheres e negros, permitindo uma visão mais crítica a respeito de seus perpetradores.

Diferentes regiões com diferentes culturas e modo de pensar próprio resultam diferentes perfis da violência urbana. Estados com menor nível cultural tendem a apresentar proporcionalmente maiores índices de violência. Da mesma forma, regiões em que o pensamento machista é prevalente tendem a ter maiores níveis de violência contra a mulher ou adolescentes.

Enfim, a violência urbana é multifacetada, pode chegar ao homicídio ou não, mas nem por isso é menos grave. As relações que a deflagram parecem dar suporte para ela.

Fonte: Mapa da Violência.

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“As grandes coisas podem ser reveladas através de pequenos indícios”. (Sigmund Freud)

 

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Preenchi um perfil em um site sem muitos elogios a mim mesmo nem exigi perfeição das possíveis pretendentes. Ficou bem completo, inclusive o limite de idade pretendida (40). Algumas mulheres pouco acima dessa idade me dirigem duras agressões verbais. Sou livre, quero uma vida a dois. Há algo errado em se pretender alguém até 40? Além disso, outros dados são relevantes, como o desejo de ter filhos, construir uma vida a dois no mesmo espaço e tantas outras coisas que relativizam esse item.

Caio, 48.

 

Não se discute seu direito quanto ao limite de idade, mas duas coisas me surgem de imediato: culturalmente a idade pesa mais sobre a mulher, embora isso esteja mudando atualmente. Então se você estabelece um limite as que não se encaixarem reagirão.

A lógica feminina se opõe à masculina. É mais difícil para ela aceitar o ‘você não’. E nesse caso é a idade que as exclui, o que complica ainda mais.

Na sociedade pré-globalização o homem tinha em seu pai o modelo pronto. A mulher, ao contrário, se constituía pela negativa (sabendo-se não homem tinha que inventar seu ser). Isso causa na mulher um efeito de castração, falta. Quem imaginariamente teme a castração é o obsessivo que desde pequeno aprende as normas para se defender e evitá-la. Por não temer isso, a mulher transgride a norma, se recusa a acatá-la, e as agressões verbais são apenas uma expressão disso.

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