PRIMEIRA
Hábil político, sempre disposto a conversar e facilidade para fazer amizades, Barjas Negri não se limita a usar as redes sociais. Vai para as ruas. Diariamente. Procura pelos seus leitores, seguidores, amigos e com eles mantém diálogo sobre a política, a cidade, a nossa rotina. Um dos costumes, é se encontrar com admiradores e conhecidos nos bairros onde, no seu governo, construiu obras, seja unidade de saúde, escola, varejão. Até quando manterá essa rotina ninguém sabe, contudo, é visível que faz com convicção. Disputar espaço político com Barjas Negri não é para qualquer um. Melhor do que ninguém, ele conhece o caminho.
IMPOSSÍVEL ENTENDER
Por mais boa vontade que se tenha, fica difícil, praticamente impossível, do por que ser contra a mudança da Pinacoteca Municipal. Número pífio de visitantes, com movimento apenas em datas pontuais, ou seja, quando da abertura de salões (trabalhos em exposição). Permanece fechado nos fins de semana. Prédio construído há 50 anos, está sem manutenção a mais de uma década. Problema estrutural é visível: infiltrações na reserva técnica e no teto, além de controle de umidade insuficiente. Especialistas contratados pela atual administração, depois de 70n dias, finalizaram trabalho que consistiu em recuperar e organizar cerca de 1000 (mil) obras, que sequer estavam catalogadas. Muitas se mostravam tomadas pela poeira e cupins. É preciso mais argumentos para justificar a chance de uma nova vida para a Pinacoteca Municipal?
EXALTANDO PIRACICABA
O conjunto musical feminino Barra da Saia que apresenta clássicos sertanejos, tem também como uma das suas atuais atrações fixas, a consagrada música O Rio de Piracicaba. Quando nos palcos, elas não deixam de citar a nossa querida Noiva da Coluna. A música foi gravada em 1970 com o título Rio de Lágrimas. Como cita Piracicaba, o nome fantasia se propagou. De autoria de Lourival Santos, nascido em Guaratinguetá (faleceu em 1997), a primeira gravação aconteceu com a dupla Tião Carreiro e Pardinho, gravadora Chantecler para o álbum Força do Perdão. Ao longo dos anos, dezenas de duplas e cantores gravaram se tornando para muitos um hino, tal qualquer a hino oficial Piracicaba (…que eu adoro tanto).
ATIVIDADE INTENSA
Confirmada Piracicaba como Região Metropolitana, o deputado Roberto Mortais (Cidadania) viu sua rotina parlamentar ser intensificada: a região o espera. Nos municípios vizinhos, os temas e assuntos relevantes não podem esperar. Dizem os prefeitos, confirmam os vereadores. Some-se a necessidade de estar em São Paulo e atender seus eleitores, amigos e entidades piracicabanas. No último final de semana, por exemplo, o parlamentar permaneceu três dias na região. Ontem (26), a noite, na capital paulista, foi prestigiar seu amigo e companheiro Carão (Pignatari) que assumiu o comando do Governo do Estado de São Paulo, permanecendo no Palácio dos Bandeirantes durante uma semana. Curiosidade: um cidadão, em determinado momento, perguntou ao deputado: “Desculpa, mas não me contenho: quantas vezes por dia toca o seu celular? Nunca vi coisa igual”.
ILUMINAÇÃO COMPROMETEDORA
É até estranho ter futebol noturno no estádio municipal “Barão da Serra Negra”. Se a visibilidade para imprensa e público é ruim, imagine para os atletas, árbitros e comissões técnicas. Para o jogo de ontem (26), contra o São Caetano, oito lâmpadas foram (novamente) trocadas e isso é rotina. O pior: não resolve, pois a o sistema de é velho, ruim, ou seja, superado. A reclamação dos jogadores (além de receio) é o lado do Ginásio de Esportes. Muito escuro, tiveram uma ideia: pintar a arquibancada com cor branca para ver se ajuda.
NATAL ILUMINADO
Faz tempo que a área central e comercial de Piracicaba é esquecida por ocasião das festas de fim de ano. Antigamente, as praças José Bonifácio e da Catedral recebiam tratamento especial inclusive com a árvore de natal, símbolo da data. A rua Governador mostrava o brilho natalino e vitrines ornamentadas motivavam a presença das famílias. Como será este ano, quando se pode comemorar a volta a normalidade, depois de muito susto e sofrimento?
FALTA MUITO
Girando pela cidade, é fácil observar o quanto falta para que Piracicaba tenha uma situação e imagem condizente com seu prestígio. Você vê mato pelas calçadas (também buracos), numa prova de que esse mal não é uma exclusividade do asfalto por onde circulam os veículos. Terreno vazio na rua Governador deveria, obrigatoriamente, ser fechado com muro e não tela. Sacos de lixo se misturam com o público, que vive desviando de obstáculos e pedintes. Sons altos com música ou alguém pedindo para você entrar na loja que muitas vezes gosta de jogar papel picado ao chão. Aliás, um péssimo costume e gosto.
FUTURO PREOCUPANTE
E, o retorno das aulas nas escolas públicas? Opiniões prós e contra. Praticamente tudo já voltou a sua normalidade, e, a abertura da escola virou um tabu. Medo ou teimosia? Precaução não tem mais sentido, pois trabalho, passeio, compras, viagens, enfim, praticamente tudo foi retomado. O antigo e conhecido debate sobre qualidade do ensino privado e público, ganhou novo folego, pois enquanto as chamadas escolas particulares retornaram, a pública teima em não voltar. É possível imaginar ou avaliar o futuro das crianças do ensino público sem aulas? Afinal, quem será responsabilizado? Especialistas garantem que essas crianças, as ausentes das salas de aulas, jamais conseguirão recuperar o que perderam ou estão perdendo.
FOCO
Palmiro Romani: eminente empresário, exímio artista plástico. Sua loja, A Nacional, que a décadas oferece qualidade, está na rua Morais Barros, onde apresenta confecções com sua própria grife. E, é lá que você encontra um talento da cultura. Diretor (Cultural) da Associação Comercial e Industrial de Piracicaba, mostra seu vínculo com a sabedoria, que mexe com a alma. Palmiro Romani, homem de Fé, dono de um caráter cívico apaixonante e de uma identificação artística extraordinária, reserva uma bela novidade para amanhã, quinta-feira, dia 28: a ACIPI irá aterrar a Capsula do Tempo. Trata-se de um apanhado sobre o que aconteceu em 2020, ano atípico e surpreendente, o da pandemia, que parou Piracicaba, o Brasil e o Mundo. Ilustre artista plástico, Palmiro cuidou de todos os detalhes desse histórico e emocionante acontecimento, preparando a escultura para uma caixa que só poderá ser aberta em 2071, ou seja, daqui há 50 anos. Lembramos que Palmiro Romani tem o seu talento exposto não só em Piracicaba, mas também em São Paulo e no exterior, destacando-se Estados Unidos e o Vaticano. Sua vida artística é sedutora. Ainda criança seu talento era reconhecido, por exemplo, declamando Olavo Bilac, principal destaque da escola literária, personalidade tida como essencialmente poética. Portanto, amanhã (28), uma noite para sempre. Eterna.
ÚLTIMA
O rei Pelé completou 81 anos no último sábado, 23 de outubro. Todos os anos, a data é lembrada nos quatro cantos do mundo. Em Piracicaba reside uma pessoa privilegiada: teve a oportunidade de conviver e jogar com o melhor jogador de futebol de todos os tempos: Peixinho. Arnaldo Poffo Garcia viveu em sua brilhante carreira profissional momentos que o tempo não apaga. Tempos do Santos de Coutinho, Zito, Mengálvio, Pepe, Gilmar, Mauro, e tantos outros fora de série. Para Peixinho, também é difícil encontrar palavras que possam definir ou descrever Edson Arantes do Nascimento. Diz Peixinho: “Até hoje, é possível recordar o semblante tensos dos adversários, pois era impossível imaginar o que iria fazer com a bola nos pés”. Cada jogo, uma surpresa com a incomparável beleza plástica dos dribles, passes e gols. Pelé, para Peixinho, era (e é) sinônimo de perfeição no futebol. Também um presente, um privilégio para quem teve a oportunidade de vê-lo jogar.