Isentão da Cultura

Francys Almeida

 

A polêmica da vez é a mudança da Pinacoteca Municipal, para agradar o real governante de Piracicaba, que manda da Câmara de Vereadores, onde outrora era paladino do combate à corrupção.

De leão a gatinho, o que observo é a posição dos isentões, esses que, no período eleitoral, ficaram em cima do muro, como se não fosse com eles o que ocorria. Agora, choram, esperneiam e se tornaram “defensores implacáveis; no entanto, o dicionário informal define bem:

“Significado de isentão: 1. Aquele que não toma partido; 2. Gosta de criticar mas nunca assume uma postura; 3. Hipócrita; 4.Demagogo.”

A partir do momento que se abstém das decisões dos próximos quatro anos, no período eleitoral, pleitear como “salvadores da pátria”, em defesa de qualquer causa, é, além de ridículo, um oportunismo barato.

O que se está fazendo é o esperado, para o grupo eleito, democraticamente diga-se de passagem, ainda que com questões subjetivas onde a Justiça Eleitoral errou, ou levou a erro o eleitor, mas não há como questionar o resultado soberano das urnas.

É evidente que a mudança proposta é um atropelo para a Cultura, é injusta e descabida, mas não façamos disso palco para mártires. O que se precisa é de um debate profundo e medidas cabíveis. O que passa disso é demagogia dos isentos.

______

Francys Almeida, bacharel em Direito, síndico profissional, militante partidário (PCdoB) em Piracicaba 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima