Em manifestação promovida por membros do Conespi (Instituto do Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba) e de lideranças de movimentos sociais de diversos bairros da cidade cobrou a liberação do uso da tribuna popular da Câmara de Vereadores de Piracicaba. A manifestação pacífica foi realizada no início da noite desta última segunda (20), bem na frente do prédio da Câmara de Vereadores, que foi tomado por dirigentes sindicais e moradores de diversas partes da cidade, com tudo sendo acompanhado de perto por diversos guardas municipais. Paralelo a manifestação, aconteceu a sessão da Câmara de Vereadores.
Em um púlpito colocado bem em frente ao prédio da Câmara, simbolizando a “tribuna popular”, dirigentes sindicais, entre eles Osmir Bertazzoni, do Sindicato dos Municipais, e José Antonio Fernandes Paiva, presidente do Sindicato dos Bancários de Piracicaba, criticaram duramente a posição do presidente da Câmara de Vereadores de Piracicaba, Gilmar Rotta, e dos demais membros da Mesa Diretora, por retomar as sessões presenciais na Casa, mas, sem nenhum amparo legal, suspendeu o uso da tribuna popular. A alegação dos participantes da manifestação é de que a medida fere a Lei Orgânica Municipal e o próprio Regimento Interno da Câmara, uma vez que a legislação não foi alterada para que pudesse ser suspensa a utilização da tribuna popular da Casa.
A intenção da medida da Câmara de Vereadores, na avaliação dos participantes, visa unicamente cercear a população de participar das sessões e manifestar sobre o atual governo, que estaria tomando medidas que desagradam boa parte da sociedade piracicabana. A alegação é de que não tem cabimento o uso da tribuna popular continuar suspenso, até porque os cidadãos que se inscrevem para utilizá-la são devidamente credenciados e seguiriam, como os vereadores e funcionários, os protocolos de segurança em função da pandemia do coronavírus.
Câmara: Conespi e movimentos sociais querem volta da tribuna popular
21 de setembro de 2021