Francys Almeida
“Penso, logo existo”, frase de René Descartes. Em geral, traduzida para o português dessa forma, embora seja mais correto traduzi-la como “penso, portanto sou”.
Mas o que somos?! Homo Sapiens! Mas ao que parece estamos em processo de mudança, é fácil observar que não pensamos tanto, ou que pensar incomoda:
– Experimenta dizer a um fanático político que as coisas estavam melhores e pioraram!
– Ou que o Brasil já foi a sexta economia mundial em tempos não tão distantes.
– Apresente que o ICMS é o mesmo, o que tem aumentado absurdamente o combustível é a política de Paulo Guedes.
– Informe que há “boletins de urna” que são expostos em todas as zonas e seções eleitorais há anos, auditando a eleição.
– Recorde que em nenhum momento o gás foi R$ 35,00.
– A alta do dólar atende ao mercado financeiro, não interessa aos mais pobres.
– Prove que as pessoas têm usado lenha para cozinhar, enquanto o Ministro da Economia diz que está tudo bem.
– Que ordem judicial se cumpre.
– Que já são três anos de governo e não há um horizonte e os problemas só aumentam.
Todas essas afirmações, óbvias, são “revoltantes” para quem “não pensa”, como já dizia um conhecido: pensar dói! É mais fácil repetir, compartilhar sem raciocinar, vivemos a época onde a memória do ser humano está no aparelho do celular ou notebook, uma era de maniqueismo, do bem contra o mal, onde se idolatra de quem se deveria cobrar.
Aos que ainda pensam, e existem, ou são, direciono esse artigo: é possível ainda construir um Brasil melhor, retomar o crescimento econômico, sem crises forjadas, sem ódio, sem desrespeito ao Estado Democrático de Direito, com eleições livres, povo na rua e as autoridades cumprindo a lei. Existam!
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Francys Almeida, bacharel em Direito, síndico profissional, militante partidário (PCdoB) em Piracicaba