O HFC Saúde é o primeiro hospital da região a realizar o mais novo procedimento de ablação tumoral por micro-ondas, uma nova tecnologia que permite mais precisão, rápida execução e recuperação e mais conforto para o paciente oncológico. O procedimento Ablação Percutânea é um procedimento cirúrgico, minimamente invasivo, em que o tumor é visualizado por meio de tomografia computadorizada ou ultrassonografia e uma agulha é introduzida na pele até o tumor, sem a necessidade de abrir o tórax ou abdome para ter acesso ao tumor. Com a liberação das ondas eletromagnéticas, que elevam a temperatura do local, destrói o tumor pelo calor em poucos minutos, sem a necessidade de retirá-lo cirurgicamente.
O hospital já realizava a ablação de tumor percutânea por radiofrequência para gerar calor e queimar o nódulo. “A radiofrequência depende das características do tecido que está sendo queimado, de como e onde ele vai receber essa onda de radiofrequência. Então se eu tenho um tecido que não está conseguindo receber a energia, ele não aumenta a temperatura. As vezes temos dificuldade de aumentar a temperatura na região do tumor de acordo com a composição do tecido ou das estruturas ao redor, que podem acabar “roubando” o calor gerado e resfriando o tecido, dificultando o tratamento, tudo isso dificulta na hora de destruir (queimar) o nódulo”, explicou o radiologista do HFC Saúde, Rafael de Carvalho Pacagnella, dedicado a radiologia intervencionista e terapias minimamente invasivas.
A novidade está no equipamento. Agora no HFC Saúde é possível fazer o procedimento de Ablação por micro-ondas, uma nova tecnologia que chega para otimizar e agregar no tratamento dentro da oncologia. A maior vantagem da ablação por micro-ondas é que é possível controlar exatamente a área que vai ser queimada, mesmo que o tumor esteja perto de outros órgãos, não havendo nenhum tipo de interferência no calor. “Com essa técnica eu não dependo do tecido, é um micro-ondas como o que a gente esquenta comida, então eu liguei ele vai esquentar o que tem lá, independente do que tenha lá. Então é uma tecnologia muito superior na qualidade de energia que eu consigo entregar. Entrego mais energia, de maneira mais rápida e precisa. Eu consigo queimar lesões maiores, eu controlo exatamente a área que vai ser queimada, de modo que eu consigo queimar um tumor que esteja ao lado de uma outra estrutura nobre, reduzindo os danos colaterais”, explicou o médico.
Além da precisão outra vantagem está no tempo de procedimento. Com a Radiofrequência é possível atingir uma área de 3 a 4 centímetros de circunferência, com ciclo de 12 minutos. Já com o Micro-ondas é possível fazer com sequencias de 2 minutos. Com isso diminui também o tempo de anestesia e cirurgia em geral.
“O paciente que vai fazer uma cirurgia de fígado é preciso retirar um pedaço grande do órgão, com a radioablação eu queimo (destruo) só o nódulo e pouco de tecido em volta dele. O risco de sangramento, de infecção e de complicações em geral são ligeiramente menores. Um paciente de cirurgia hepática obrigatoriamente vai para a UTI ao menos um dia depois da cirurgia convencional. O custo de uma UTI é caríssimo. Com essa técnica por micro-ondas, em menos de 24 horas o paciente já está na casa dele”, disse o radiologista.
Apesar das indicações dos procedimentos ablativos serem bastante amplas, nem todos os pacientes com neoplasias podem utilizar esse procedimento. Cada paciente deve ser avaliado individualmente. O tipo de tumor, número de lesões, o tamanho e a localização influenciam na escolha da técnica para o tratamento.
“O compromisso do HFC Saúde é de buscar sempre por inovações que facilitem e ajudem no tratamento dos pacientes. Queremos oferecer cada vez mais um atendimento assertivo, de excelência e conforto”, finalizou o presidente do HFC Saúde, José Coral.