Contra ataques aos serviços públicos: paralisação tem adesão de mais de 50%

Professora Bebel cumprimenta professores, ao chegar na Praça da República, para participar do ato público – Foto: Divulgação

O “Dia Nacional de Paralisação dos Servidores Públicos”, nessa quarta (18), contra os ataques aos serviços públicos, teve a adesão de mais de 50% dos professores da rede estadual de ensino, conforme levantamento da Subsede em Piracicaba da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo). Para marcar a data, a Apeoesp promoveu no período da tarde, em São Paulo, na Praça da República, ato público em frente à Secretaria Estadual da Educação, em protesto ao Projeto de Lei Complementar 26/2021, do governador João Doria, que ataca direitos do funcionalismo público, reunindo milhares de professores de diversas regiões do Estado.
O “Dia Nacional de Paralisação dos Servidores Públicos”, organizado pela Apeoesp, de acordo com a sua presidenta, a deputada estadual Professora Bebel (PT), também é pelo descongelamento salarial; pelo reajuste de 29,25% para equiparação do piso nacional, contra o sucateamento e o aumento das contribuições para o Iamspe, contra o confisco salarial de aposentados e pensionistas do Estado de São Paulo, em defesa dos serviços públicos de qualidade e contra a PEC 32, que da reforma administrativa, que tramita no Congresso Nacional.
Bebel diz que o governador João Doria demonstra que aplica no Estado de São Paulo a mesma política do presidente Jair Bolsonaro, “que pressiona o Congresso Nacional pela aprovação da PEC 32, a famigerada reforma administrativa, que acaba com a estabilidade, com os concursos públicos e com os direitos dos servidores públicos em nível nacional. Na realidade, o governador antecipa no nosso Estado a reforma administrativa de Bolsonaro”, disse ela durante sessão virtual da Assembleia Legislativa de São Paulo, nesta manhã de quarta-feira, 18 de agosto, chamando a atenção dos seus colegas de parlamento.
Para Bebel, “está em curso a destruição dos serviços públicos no Estado de São Paulo e no Brasil, porque retirar direitos dos servidores significa enfraquecer uma categoria que se dedica a atender a população, sobretudo a população mais pobre, em suas necessidades básicas, como saúde, educação, transporte, moradia, assistência social, justiça. Ao enfraquecer o serviço público, Doria, assim como Bolsonaro, quer abrir caminho para mais terceirizações e privatizações no âmbito do Estado”, enfatiza.
Com o PLC 26, na avaliação da presidenta da Apeoesp, o governador João Doria quer fazer do serviço público uma atividade que não atraia profissionais competentes, pelos baixos salários e redução de direitos, facilitando assim a transferência desses serviços para grupos privados, seja por meio das chamadas “organizações sociais”, convênios e parcerias, seja por meio de empresas, com terceirizações. “Dessa forma prevalecerá, não o atendimento de qualidade à população que mais precisa, mas o interesse do grupo privado a quem for transferida a prestação do serviço”, completa.

NA CIDADE

Em Piracicaba, ainda, na manhã desta quarta-feira, 18 de agosto, um grupo de professores estaduais ajudou a engrossar manifestação realizada em frente ao Centro Cívico de Piracicaba, organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores Municipais, que contou com a participação de sindicatos filiados ao Instituto Conespi (Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba), contra a PEC 32, da reforma administrativa, que tramita no Congresso Nacional.

 

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