UTI Neo da Santa Casa: artesã confecciona lacinhos para bebês

Os adereços foram feitos em todas as cores, com meia de seda macia, própria para artesanato – Crédito: Divulgação

As recém-nascidas que permanecem na UTI Neonatal da Santa Casa de Piracicaba estão ainda mais graciosas com as faixinhas de cabeça que ganharam do Ateliê Meninas Bordadas. A iniciativa partiu da artesã Marcela Aparecida Oliveira dos Santos, 31, que começou a costurar em 2018, quando a sobrinha Laura Sophia, hoje com cinco anos, nasceu prematura e ficou na UTI Neo por três meses.
“Foi um período difícil, porque ela era muito pequena e nada servia; então, como eu havia acabado de sair do emprego por motivos de saúde, fiz cursos de corte e costura e empreendedorismo para confeccionar algumas peças para a bebê, como calcinhas, pijaminhas e lacinhos de cabeça”, revela Marcela. Segundo ela, no começo, as peças eram todas doadas a mães carentes; mas a idéia deu tão certo que, mesmo mantendo as doações, ela passou a vender as peças e a sobreviver desta atividade.
Ela conta que a idéia de doar à Santa Casa surgiu durante uma conversa com a cunhada Cinthia Montrasi, que trabalha desde 2013 como secretária do AP3 no Hospital Santa Isabel, da Santa Casa. “Fiquei emocionada e me empolguei com a história da Instituição, o que me estimulou a confeccionar 41 faixinhas de cabeça para recém-nascidas”, disse lembrando que os adereços foram feitos em todas as cores, com meia de seda macia, própria para artesanato. Quem quiser saber mais sobre este trabalho pode acessar o https://instagram.com/bordadasmeninas.
Para a enfermeira Maiby Parazzi, coordenadora da UTI Neonatal, a iniciativa se configura em um carinho a mais aos bebês internados na Unidade. “É enlaçar as bebês com de amor e dedicação dentro de uma UTI”, considerou.
Maiby afirma que a equipe fica muito feliz e se sente valorizada em decorrência dos cuidados que direcionam aos bebês, sentimento que impacta também os pais, que levam os lacinhos como lembrança da fase de superação vivenciada pelos recém-nascidos na Unidade.
A enfermeira lembra que, ao chegar na UTI, as pessoas encontram uma estrutura colorida e equipe carinhosa, pronta para direcionar calor humano, dedicação e atenção integral e exclusiva aos bebês. “Quando a doação chega, a gente sente que a equipe foi lembrada e que a importância do cuidado que os RNs recebem na Unidade foi percebido também pelas pessoas de fora do ambiente hospitalar”, observou Maiby. Ela conta que apesar das doações serem para os bebês, os funcionários sentem o reflexo da iniciativa, resultante da atuação da equipe.
A coordenadora revela que a UTI Neonatal da Santa Casa mantém 14 leitos e uma média de 16 novas crianças internadas todos os meses, com taxa de ocupação estimada em 85%. “O período de interação hospitalar pode variar de uma semana a dois meses e meio devido à prematuridade, que ocasiona baixo peso, desconforto respiratório, más- formações e cardiopatias congênitas, em sua maioria”, informou.
A equipe é multiprofissional e composta por médicos intensivistas pediátricos, 30 profissionais de enfermagem e profissionais das áreas de fonoaudiologia, psicologia nutrição e assistente social.

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