O acolhimento como conjunto de propostas e atendimento articulado foi discutido na reunião mensal do Grupo de Trabalho (GT) da Rede de Atendimento e Proteção à Mulher, realizada na manhã desta terça-feira (20). A psicóloga Sônia Regina da Silva e a enfermeira Elaine Mara Pereira Zanatta, do Departamento Regional de Saúde de Piracicaba (DRS X), destacaram a importância do entendimento sobre o que é o acolhimento e da percepção de que o profissional não atende a violência, e sim, o indivíduo com todas as suas vivências.
A reunião foi conduzida por Lia Mara de Oliveira, presidente do Conselho Municipal da Mulher. Ela pontuou que o primeiro passo para um melhor acolhimento é que as instituições que prestam apoio à mulher conversem sobre quais dificuldades que encontram ao praticar o atendimento e, a partir daí, incluir outros serviços nesse diálogo.
Representantes da ONG CAPHIV (Centro de Apoio aos Portadores de HIV/AIDS e Hepatites Virais) apresentaram os projetos desenvolvidos pela organização, com destaque ao “Projeto Não Viralize a Ignorância, Conheça!”, cujo objetivo é o resultado da reflexão sobre o papel da escola e da comunidade para a formação das crianças e adolescentes como cidadãos. Já representantes da Secretaria Municipal de Saúde; de Esportes, Lazer e Atividades Motoras; e da EMDHAP (Empresa Municipal de Desenvolvimento Habitacional de Piracicaba) apresentaram as políticas de apoio à mulher desenvolvidas pelos órgãos.
Em meio às apresentações, a questão da dignidade menstrual foi levantada pelas participantes da Rede de Atendimento e foram discutidos meios para ações e políticas públicas no combate à pobreza menstrual, como por exemplo, a distribuição de absorventes.
A reunião teve a participação da vereadora Silvia Morales, do Mandato Coletivo a Cidade é Sua (PV), dos gabinetes das vereadoras Ana Pavão (PL) e Rai de Almeida (PT), e de representantes das entidades que compõem o Grupo de Trabalho.
As vereadoras Silvia Morales, Ana Pavão, Rai de Almeida e Alessandra Bellucci (Republicanos) integram a Procuradoria Especial da Mulher que, juntamente com Conselho Municipal da Mulher e com o CRAM (Centro de Referência de Atendimento à Mulher), coordena o Grupo de Trabalho da Rede de Atendimento e Proteção à Mulher.