Francys Almeida
A Saúde Pública está em colapso, isso é um fato em Piracicaba! No pico da pandemia, gestão anterior, de Barjas Negri (PSDB), o máximo de mortos eram seis ao dia. E já estamos chegando em 14 mortos ultimamente. Difícil enfrentar isso.
Mas não é só Covid-19 que preocupa: seis ginecologistas pediram as contas nos últimos meses, pela falta de valorização e diálogo, exames de vista demoram mais de um ano na rede pública atualmente. Os médicos — todos sabem — sofrem sem insumos, relatos da falta de guardanapos. E isso é redução de custos ou má gestão?
O foco atualmente é a desocupação de leitos, mas e as vidas? Um ponto que chama a atenção: Projeto Respirar! Mas, na verdade, poderia chamar Projeto Espalhar. Pessoas positivadas circulam nas ruas em busca de testes, que deveriam ser feitos em casa, andam de ônibus de local em local, com suspeita de Covid-19, espalhando o vírus. Já os “sommeliers” de vacina contra Covid-19 erram análise de eficácia, ignoram efetividade e atrasam combate à pandemia, frutos da ignorância institucional do país, que refletiu em Piracicaba. Lamentavelmente, reflete.
Não custa lembrar que as primeiras medidas do prefeito Luciano Almeida (DEM) foram: fechar a tenda e iniciar “tratamento precoce”. Surtiu, sim, efeito, mas negativo. Se eram 400 mortos na era Barjas Negri, chegaremos a 2000 mil mortos até dezembro deste ano, a considerar que o ritmo seja esse atual. Que não aconteça isso!
Enquanto isso, a Prefeitura Municipal de Piracicaba atropela o Poder Legislativo, a Secretaria Municipal de Saúde impede a participação de uma representante de um poder em reunião, no caso a vereadora Rai de Almeida (PT). Além da irresponsabilidade institucional, há o machismo velado, que, nesse caso, é explícito. E seguimos no rumo do caos e colapso sanitário.
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Francys Almeida, bacharel em Direito, síndico profissional, militante partidário (PCdoB) em Piracicaba