Escola pública e professores: Apeoesp realizará paralisação em defesa da vida

A Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo) irá realizar paralisação das escolas públicas estaduais, em data ainda a ser definida, em defesa da vida, da escola pública e dos direitos dos professores. A realização da paralisação, que foi definida durante reunião do Conselho Estadual de Representantes da Apeoesp, realizada no último sábado (15), de forma on-line, coordenado pela presidenta da Apeoesp, a deputada estadual Professora Bebel (PT), é em resposta ao governador João Doria (PSDB), que apesar do Estado de São Paulo ter tido um superávit de R$ 7,7 bilhões em 2020, continua colocando em risco as vidas dos professores, além de retirar direitos da categoria e confiscar salários de aposentados e pensionistas, com a ampliação da cobrança da alíquota de desconto previdenciário de 11% para 16%.
Bebel conta que a paralisação será contra diversas medidas do governo estadual, como à instituição das escolas PEI (Programa de Ensino Integral) sem discussão com a comunidade escolar, implantação do velho “novo” ensino médio, do Ejatec (Educação de Jovens e Adultos à Distância), da escola cívico-militar. “Queremos a suspensão das aulas presenciais, enquanto todos os professores não forem vacinados e não houver o controle sanitário da pandemia do coronavírus, assim como repudiamos o governo Doria por não pagar os direitos dos professores, não investir na educação e por confiscar salários dos aposentados, mesmo tendo um superávit de R$ 7,7 bilhões em 2020, encerrado o ano com R$ 11 bilhões em caixa”, diz ela, ressaltando que o governo Doria se notabiliza pelo desmonte dos serviços públicos e por não cumprir suas obrigações para com a população, sobretudo os segmentos mais pobres e vulneráveis.
A deputada Bebel diz que foi cortando gastos com educação, saúde, habitação e demais serviços em plena pandemia, que o governador João Doria conseguiu obter um superávit de R$ 7,7 bilhões em 2020, fechando o ano com R$ 11 bilhões em caixa. “Esse dinheiro tem que ser usado para melhorar a educação, demais serviços públicos, prover os direitos dos profissionais da educação e todos os servidores”, enfatiza.
SENTENÇA 

Na reunião, a deputada Professora Bebel reforçou que nenhum profissional da educação pode ser convocado para trabalho presencial nas escolas, conforme sentença dada pela juíza Simone Casarotti, do Tribunal de Justiça de São Paulo, contestando posição do secretário estadual da Educação,
Rossieli Soares que contraria a sentença que suspende as aulas e atividades presenciais nas escolas das redes estadual, municipais e privada de ensino enquanto não houver vacinação de todos os profissionais da educação e controle da pandemia.
Segundo ela, apesar desta posição do governo estadual, o diálogo da Apeoesp com pais e mães tem sido altamente positivo, e nas unidades escolares menos de 5% dos estudantes tem comparecido às aulas presenciais. “Mães e pais, conscientes do perigo de infecção e de propagação do vírus nas escolas e nos meios de transporte não, não estão enviando seus filhos às aulas”, completa, ressaltando que a Apeoesp irá adotar medidas junto ao Tribunal de Justiça para que faça cumprir a sentença judicial.

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