A indústria brasileira vive um dos seus piores momentos, decorrentes da queda na atividade produtiva, desemprego e recrudescimento da pandemia pelo novo corona vírus. “O momento é de realinhamento de ideias que leve a uma transformação profunda do setor, principalmente no Estado de São Paulo onde a indústria perdeu muito da sua vitalidade e representatividade”, afirma José Ricardo Roriz, candidato à presidência do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo – Ciesp, em 5 de julho. O empresário se reúne, nesta quinta (15), com lideranças industriais de Piracicaba. No encontro, que será virtual devido à pandemia, Roriz falará sobre o cenário econômico do Estado e vai apresentar as propostas da Chapa 1, encabeçada por ele e que reúne 134 empresários e empresárias de diversos setores da indústria.
Segundo o candidato, o ano de 2020 confirmou duas décadas perdidas para a economia, com a retração de 4,1% do Produto Interno Bruto, “resultado que coincide com a situação extremamente grave da indústria”. Roriz garante que se for eleito irá retomar, imediatamente, o diálogo da entidade com o empresariado paulista. “A indústria dividida concentra tudo na avenida Paulista, e isso não vamos repetir. Nossas decisões também vão ser tomadas nas bases do Ciesp distribuídas pelo interior de São Paulo, onde tem muita gente competente e disposta a fazer o melhor pela indústria de São Paulo. A prioridade será restabelecer o foco na agenda de competitividade da indústria.”
O empresário questiona o isolamento das entidades da indústria (Fiesp e Ciesp) nos últimos anos. Segundo ele, a atual gestão não priorizou, como deveria, a agenda do setor. Nesse período, os pleitos da indústria deram lugar a idas e vindas a Brasília, sem nenhum resultado efetivo para o setor produtivo como um todo. Para Roriz, a falta de resultados deixou a indústria sem foco. “Se você entende que o Ciesp não deve servir a projetos partidários e eleitorais, é porque quer uma indústria unida, e não dividida. É o que buscamos nestas eleições”, afirma.