Devido à ampliação do número de pessoas vivendo à margem da miséria, a deputada estadual Professora Bebel (PT) propõe em projeto de lei que já tramita na Assembleia Legislativa de São Paulo, que seja ampliado o número de restaurantes do Programa “Bom Prato” no Estado de São Paulo, com a instalação de novas unidades em municípios com população acima de 100 mil habitantes, como é o caso de Piracicaba.
A deputada lembra que, atualmente, o Estado de São Paulo conta com o “Bom Prato” em apenas 30 municípios, e que embora o Governo do Estado venha anunciando a instalação de restaurantes em outros isto, na prática, não vem acontecendo, daí a sua iniciativa de propor através de projeto de lei. “O flagelo da fome, que atinge parcela ponderável da população brasileira e paulista, inegavelmente agravou-se muito em razão da pandemia do novo coronavírus, em razão do impacto na economia do necessário distanciamento social e outras medidas restritivas adotadas para o controle da disseminação do contágio”, diz ela, ressaltando que nos locais que funcionam, os restaurantes do programa servem café da manhã por R$ 0,50 e almoço e jantar por R$ 1,00.
Para Bebel, a pandemia afeta mais fortemente os mais vulneráveis, ressaltando que, no último dia 15 de março, o jornal Folha de S. Paulo publicou matéria intitulada “No pior momento da pandemia, forma avança em São Paulo”, contendo depoimentos de pessoas de diferentes regiões do estado que passam por dificuldades alimentares e de especialistas que corroboram a análise de que a situação vem se agravando.
O Programa do “Bom Prato”, do Governo do Estado, na avaliação da deputada, cumpre importante função social, contribuindo para alimentar a população de baixa renda. “Embora não atinja toda a população mais necessitada, sua expansão ajudaria a mitigar o problema da fome, pelo baixo custo da refeição ao consumidor”, enfatiza.
Para a deputada Professora Bebel, ao lado de outras medidas que o Governo do Estado necessita tomar para combater os efeitos desta crise sobre a população mais pobre — entre as quais destaca, por exemplo, a instituição de um auxílio emergencial estadual de R$ 600,00 —, prover, no mínimo, um restaurante da rede “Bom Prato” em cada município com população igual ou superior a 100 mil habitantes é uma providência inadiável neste momento. “É importante que a Assembleia Legislativa se debruce sobre esse assunto e, com certeza, esse nosso projeto de lei tem capacidade de abrir esta discussão”, ressalta.