Elegibilidade

Francys Almeida

 

O ministro Edson Fachin, do STF, decidiu que cancelar as condenações do ex-presidente Lula pelo Triplex, Sítio de Atibaia, Palestras do Instituto Lula, Construção da Sede do Instituto e Imóvel de São Bernardo, após mais de 400 recursos da defesa, incluindo sobre a incompetência de foro.

Desde o início desse processo, todos sabiam que Curitiba não seria o Foro correto, ou seja, Fachin decidiu pela Incompetência de Curitiba, sendo assim, os processos vão agora para o Distrito Federal, no entanto, com atos que podem ser aproveitados, o que significa que Lula está elegível, mas pode ser condenado novamente por juízes do Distrito Federal.

Essa decisão deve ir ao plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), mas a jogada de mestre é que Moro não seria suspeito e fugiria de um constrangimento no Supremo. Isso já é um fato provado, pois o ex-juiz na verdade era o “ladrão”, e o ministro Fachin deseja salvar o que resta da Lava-Jato, tão odiada por petistas e bolsonaristas ao mesmo tempo.

Sejamos sensatos: o processo de Lula foi feito ao arrepio da Lei, atropelando a Constituição e o devido processo legal, tão somente para impedir a candidatura de Lula em 2018, agora retorna à estaca zero e deve prescrever pela idade e recursos da defesa, que agora fortalece suas estratégias.

A polarização deve aumentar, pois qualquer brasileiro sensato sabe que, durante o governo Lula, fomos a sexta economia mundial, o Brasil era moda, e atualmente Bolsonaro transformou o país em pária mundial, caindo para 12º lugar na economia mundial, além da incompetência na gestão da pandemia, o que assuta.

Se alguém deseja vencer Lula, que vença nas urnas, acho provável que seja candidato, apesar de acreditar que já fez o seu papel como mandatário da Nação. Seu papel deveria ser o de formar novas lideranças para o país.

Lula é raposa velha, vai colocar o bloco na rua, principalmente onde sempre teve um apelo popular, deve ter enormes dificuldades com os evangélicos, principalmente por esses descobrirem o amor pelo neofascismo, o país dividido, será ainda mais colocado à prova popular.

Antecipo que não voto em nomes, especialmente no primeiro turno, e espero, sinceramente, que possamos avaliar projetos e fugir da polarização. No entanto, todos sabemos que 2022 será a hora da verdade entre Lula e Bolsonaro.

______

Francys Almeida, bacharel em Direito, síndico profissional

 

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima