Oração transforma o ambiente na UCO da Santa Casa de Piracicaba

Equipe da UCO/Emcor da Santa Casa se reúne em oração todas as manhãs, antes dos cuidados médico-hospitalares – Crédito: Divulgação

“Reconhecer  o papel da oração, em especial no ambiente hospitalar, é inquestionável”. Com essa frase o cardiologista Humberto Passos, coordenador da UCO/UTI Cardiológica do Emcor da Santa Casa de Piracicaba, reverencia o Dia Mundial da Oração, celebrado nesta sexta (5), revelando que o processo de adoecimento e cura deve passar também pela espiritualidade. “Com esta certeza, há três anos, instituímos a oração como primeira ação da equipe todas as manhãs, antes das discussões de casos, dos procedimentos e dos cuidados multiprofissionais”, disse o cardiologista.

Segundo ele, trabalhar questões voltadas à espiritualidade somadas às ações médico-hospitalares tem sido um processo cada vez mais recorrente e reconhecido do ponto de vista médico e cientifico. “Acreditamos que não se pode tocar na vida do outro sem que sejamos antes tocados pela vida do Criador”, considerou Passos, lembrando que a abordagem não passa pelo aspecto das crenças religiosas, mas do esforço coletivo da equipe de trazer para dentro da Unidade um olhar diferenciado, tangido pelo sagrado como forma de fortalecer a equipe, transformar o ambiente e impactar positivamente o paciente.

Passos observa que a oração traz o conforto necessário à equipe e ao paciente, que se sente mais acolhido e fortalecido em meio a um ambiente ungido diariamente pela oração de forma a desmistificar a dor e o sofrimento tão comuns em unidades de terapias intensivas.  “São locais onde grande parte das pessoas se encontra entre a vida e a morte e a oração se apresenta, então, como bálsamo que alivia a dor e abre novas portas para a esperança, ajudando na recuperação e cura”, disse.

Para o cardiologista, fica mais fácil mudar a evolução da doença quando a espiritualidade está presente no cotidiano de profissionais e pacientes, pois ela se soma a outras formas importantes de cuidado, como as modernas terapêuticas, os avançados equipamentos e equipes qualificadas.

Ele revela a existência de diversos trabalhos publicados para mostrar que pacientes e unidades que oram pelas pessoas internadas apresentam melhores desfechos do que aquelas que não são permeadas pela espiritualidade e pela rotina da oração no seu dia a dia. “O que antes era intuitivo e perceptível, agora é documentado para que possamos ter cada vez mais certeza de que não dá para dissociar a vida da espiritualidade; pois elas se unem para compor um caminho mais leve e transcendente que minimiza o processo de adoecimento e amplia a possibilidade de recuperação e cura”, considerou.

 

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