Apesar de o Sputnik em 1957 ter sido o início, foi só após a criação do sistema World Wide Web (www) que se iniciou a era dos hotsites, em 1973. Ainda desconhecidos da população, muitos eram administrados por hackers. Cabe aqui um esclarecimento muito pertinente.
A mídia utiliza o termo ‘hacker’ para designar a pessoa que usa seu conhecimento de informática para causar danos. Isso não é verdade. A comunidade de hackers é a grande responsável pela criação da internet, cujo espírito colaborativo foi sua alma até o início dos anos 90. Os que são pejorativamente designados de hackers pela mídia são conhecidos como “crackers”. A onomatopeia é proposital para marcar o caráter destrutivo, de quebra (crack).
Mal se sabia a que servia um e-mail (o primeiro uso popular da internet) e a comunidade de hackers já mantinha sites para disponibilizar informações e aplicativos criados por eles. O hacker criador de uma novidade a disponibilizava em seu site para os demais baixarem-no. Quando alguém conseguia melhorá-lo, o aplicativo era devolvido ao criador. Assim cada hacker trabalhava de forma construtiva e colaborativa.
O sistema www possibilitou uma explosão de hotsites, mas é o ano de 1995 que fica sendo marco da popularização da internet, quando a Microsoft Corporation lança sua primeira versão do Windows com navegador próprio, o Internet Explorer.
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“Onde abundam as dores brotam os licores”. (Sigmund Freud)
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Aos 16 anos eu e meu meio-irmão de nove tínhamos brincadeiras sexuais. Passaram-se 15 anos, me casei e ele também. Numa visita ao meu pai com meu marido não percebi nada. Mas nas conversas virtuais relembramos muita coisa. Ele confessou que me evitou por estar sentindo algo por mim e não me vê como irmã. O clima está intenso! Não quero me casar com ele, mas estou louca pra deixar rolar uma relação. Estou muito errada?
Cláudia, 31.
É uma situação bem delicada. Na hipótese de estar se abrindo para viver essa paixão do passado, de cara estariam brincando com o sentimento de outras duas pessoas. Um casamento é um compromisso sério quando há cumplicidade. Do jeito que você está descrevendo a situação, está encarando isso como uma aventura, quer sentir o que todos querem: jorrar a vida de dentro de você, ser feliz. Mas e depois? Sua vida continua seu marido, a esposa dele, e os cacos todos pra vocês juntarem.
Sem considerar que ambos acabarão numa situação muito difícil. Na remota hipótese de vocês decidirem por algo sério (coisa que já expressou que não quer), como fariam para desfazerem-se de seus compromissos? Joga tudo pra trás?
Essa é a parte moral que, aliás, já aconteceu na intenção. Mas sua decisão implicará muito mais do que você está enxergando agora. O imperativo de seu desejo só pode ser conhecido após sua decisão ser tomada. E é uma decisão desconhecida até para você, talvez seu maior medo.
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