GARGANTA DE AÇO

 

Luiz Tarantini            

Olá alvinegros apostólicos romanos, obrigado mais uma vez pela companhia de todos vocês. Um orgulho imensurável poder dividir opiniões, informações, alegrias e tristezas com todos, a família “Passe de Letra” com todos apresentadores, colunistas, editores, redatores, diretores agradecem e muito, esses momentos divididos entre todos nós.

A luta do momento no nosso XV é em montar o melhor elenco, fazer a melhor escolha tática, os melhores jogos e, buscar o acesso tão almejado por todos, uma única tristeza que aumenta dia a dia, é a falta de Gerson Mendes o carioca de Petrópolis conhecido como “Garganta de Aço”, fazendo seus comentários sobre o futebol, seja ele local, regional ou nacional. As colocações e previsões de candidatos aos títulos e aos que seriam rebaixados era formidável, isso sem contar a divisão exata em seu amor pelo Nhô Quim pelo time da estrela solitária, o Botafogo do Rio de Janeiro.

Expressões e bordões de mestres da “latinha” ficam gravados em nossa memória, e são vários que ganharam a boca de torcedores de todos os clubes do Brasil como: “ abrem-se as cortinas do espetáculo” de Fiori Giliotti, ou então: “ripa na chulipa, pimba na gorduchinha, e que goooolll” de Osmar Santos, mas uma em especial jamais será esquecida por quem realmente ama o futebol, o Nhô-Quim e as empolgantes transmissões do rádio nos jogos do XV na voz potente de Gerson Mendes:

“Mas se tem futebol no rádio, tem alegria do povo”. Esta frase ganhou o coração de todos Piracicabanos por décadas, “Gersão” era incomparável!

Mesmo que o Nhô Quim suba de série, que conquiste o título de todas as competições que participar e que brilhe no nacional, nada, mas nada mesmo terá o mesmo sabor de glória sem a narração de Gerson Mendes. Que me desculpem os outros profissionais da área, mas a narração, condução e empatia que o “garganta de aço” impunha nas partidas transmitidas pela agora apagada Difusora AM 650 não tinha igual.
Como ouvinte ligava o rádio uma hora antes para a abertura “espetacular e emocionante” dos trabalhos, as brincadeiras, entrevistas, bate papo com personalidades ligadas os jogos e até a forma de fazer a publicidade de seus patrocinadores era e sempre será diferente de qualquer outro narrador.
Como repórter aprendiz que tive o prazer de ter Gerson Mendes como mestre e mentor, aprendi a viver o futebol como um todo, sempre sendo leal e mantendo o caráter e profissionalismo em qualquer situação. Muito obrigado “Gersão” pelos momentos divididos nas cabines com a latinha na mão e pela amizade que tive o prazer de manter e vivenciar, até o apelido de “tomatinho” como me chamava durante os jogos me enchiam de orgulho.
Gerson Mendes está hospitalizado e lutando muito pela sua vida, nós aqui da família “Passe de Letra” da qual o carioca de Petrópolis faz parte estamos em oração diária pelo seu restabelecimento e a sua volta ao convívio de sua família e amigos. Força Gerson “garganta de aço” Mendes, o futebol e o XV sentem muito sua falta, e eu como seu eterno aprendiz, posso assegurar que nunca mais as transmissões de jogos do XV pelo rádio terão a mesma magia.

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