Professores decidem se deflagrarão greve contra a volta às aulas, nesta sexta

Convite enviado pela Apeoesp, convocando para a assembleia on-line – Crédito: Divulgação

Em assembleia estadual regionalizada que a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) promove, nesta sexta (5), os professores da rede estadual de ensino poderão decidir pela deflagração de greve contra a volta às aulas presenciais, estabelecidas pelo secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, a partir do próximo dia 8, segunda-feira. A assembleia virtual regionalizada, que também contará com a participação de pais de alunos, estudantes e demais funcionários de escolas, acontece a partir das 10h, informa a presidenta da Apeoesp, a deputada estadual Professora Bebel (PT), que defende o retorno às aulas presenciais somente com vacinação de imunização à Covid-19 e com segurança sanitária.

O Estado de São Paulo conta com 232 mil professores, que foram convocados para o retorno às escolas e estão sendo orientados para que enviem fotos e vídeos sobre as condições precarizadas de suas escolas, incluindo banheiros, salas pequenas e mal ventiladas, espaços de circulação estreitos e sem ventilação e outras deficiências, para imprensa@apeoesp. org.br com cópia para [email protected]. “As fotos serão anexadas ao processo”, diz.

A orientação da Apeoesp é também para que os professores encaminhem para a Apeoesp atestados de contaminação pelo novo coronavírus que esteja associada à volta às aulas presencias em outubro de 2020. “Pedimos que enviem relatos sobre os casos de contaminação que tenham ocorrido entre colegas professores, funcionários e até mesmo estudantes nas escolas”, diz Bebel.

Em defesa da vida e em função do agravamento da pandemia do coronavírus, a presidenta da Apeoesp defende que as aulas e atividades devem ser realizados de forma remota. “O secretário de Educação, Rossieli Soares, exerce o pior tipo de negacionismo, Alegar que as escolas possuem baixo índice de contaminação é desconhecer que a volta às aulas implicará no deslocamento simultâneo de milhões de pessoas em transportes coletivos, assim como as deficiências estruturais das unidades escolares, apenas “maquiadas” por reformas superficiais”, diz Bebel, ressaltando que levantamento produzidos pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), pelo Dieese e por autoridade médica renomada, revelam a precariedade da infraestrutura das escolas públicas estaduais e o risco de contágio de profissionais da educação e estudantes.

Na assembleia, os professores também irão debater medidas visando a anulação do desconto nos salários dos aposentados e pensionistas, que passou a ser feito a partir da reforma da previdência social estadual aprovada pelo governador João Doria, assim como ações visando a valorização salarial e profissional da categoria.

 

 

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